Afluência às bombas de gasolina na grande Lisboa decorre com normalidade

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 12 ago 2019 (Lusa) -- A afluência às bombas de gasolina na grande Lisboa decorre com normalidade quando se cumpre o primeiro dia de greve dos motoristas de mercadorias e de matérias perigosas, constatou a agência Lusa.

Apesar de, pelas 12:15, o 'site' "Já não dá para abastecer" avançar que 464 postos de combustível de Portugal (de um universo de 2.955) estavam sem gasolina ou gasóleo, a Lusa constatou numa ronda a alguns postos de abastecimento que só em dois faltava combustível.

O abastecimento fazia-se com a normalidade dos dias em que não há qualquer greve marcada: sem grandes filas ou esperas.

Os postos REPA (Rede Estratégica de Postos de Abastecimento) visitados pela Lusa encontravam-se verdadeiramente desertos.

À entrada, cones laranja/vermelho limitam a entrada dos veículos e cartazes azuis e brancos indicam que se tratam de bombas de abastecimento exclusivo para entidades prioritárias.

Nestes, só se vê a presença de carros da polícia com um ou dois agentes, que, embora sem prestarem declarações, avançaram que estão no posto para "controlar eventuais desacatos".

Anderson, motorista de TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica) abasteceu o carro com o limite permitido pelo Governo, avançando à Lusa esses litros vão permitir fazer "cerca de 20 serviços".

"Concordar a gente não concorda, mas eles têm os seus direitos e estão a lutar por isso", disse Anderson, explicando saber que na base da greve dos motoristas está uma "reivindicação de salários e os extras que ganham".

Uma bomba de gasolina low-cost, localizada no Campo Grande, em Lisboa, tinha o movimento dos dias normais, praticamente sem filas, tendo em conta tratar-se de uma segunda-feira.

Já outra low-cost na Damaia, Amadora, tinha mais movimento, embora sem grande filas também, mas já não tinha gasolina nos seus postos.

A agência Lusa tentou falar com os gerentes das lojas das bombas que visitou, mas não têm autorização para prestar declarações à comunicação social.

O 'site' "Já não dá para abastecer" foi criado em conjunto pelo Waze e pela rede Vost Portugal (Voluntários Digitais Em Situações de Emergência) para informar onde é possível consultar os locais onde há --- ou já não há --- gasolina ou gasóleo.

Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

RCP // MCL

Lusa/fim

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