Greve dos Motoristas: Associação de jovens agricultores pede ao Governo que dê prioridade ao setor

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 12 ago 2019 (Lusa) -- A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) apelou para que o Governo dê prioridade ao setor agrícola e pecuário, alertando para o risco de falência de pequenos e médios produtores, anunciou hoje em comunicado.

"Apelamos assim ao Governo, para que dê prioridade a este setor no número de postos e na devida repartição em todas as regiões do país (incluindo zonas rurais) em relação ao gasóleo colorido e ao normal, pois podem efetivamente estar em causa milhares de explorações e milhares de postos de trabalho", lê-se no comunicado.

Destacando a contribuição que as exportações do setor agrícola têm dado à economia nacional, a AJAP considera "urgente a existência de combustível" para que os agricultores possam operar as máquinas necessárias para as colheitas e escoamento dos produtos.

A greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias começou hoje e decorrerá por tempo indeterminado, estando o Governo pronto para aprovar a requisição civil se não forem cumpridos os serviços mínimos decretados.

Em 15 de julho, o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) entregaram um pré-aviso de greve e no sábado, após a realização de um plenário conjunto, decidiram manter a paralisação, na sequência de negociações infrutíferas nas últimas semanas com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) sobre progressões salariais.

Hoje, o executivo liderado por António Costa está a avaliar o cumprimento dos serviços mínimos decretados, que variam entre os 50% e os 100%, e está preparado para aprovar, através de Conselho de Ministros eletrónico, a requisição civil. No entanto, esta manhã, o primeiro-ministro destacou que a greve dos motoristas está a decorrer com normalidade estando a ser cumpridos os serviços mínimos e descartou, para já, haver necessidade de decretar a requisição civil.

Portugal está, desde sábado e até às 23:59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta paralisação, o que permitiu a constituição de uma Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320 de acesso público.

Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.

Foram também decretados serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.

Também para transporte e abastecimento de combustíveis, matérias perigosas, medicamentos e todos os bens essenciais destinados ao funcionamento dos hospitais e centros de saúde, entre outras unidades de saúde, o executivo decretou serviços mínimos de 100%.

Por outro lado, os veículos ligeiros só podem abastecer no máximo 25 litros de combustível e os pesados 100 litros, durante a greve, em postos que não pertencem à REPA.

O público em geral poderá abastecer nos postos da REPA que não são exclusivos a transporte prioritário ou equiparado, no entanto, com um limite de 15 litros de combustível.

À paralisação convocada pelo SNMMP e pelo SIMM associou-se o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

MPE (MLS/PE) // MSF

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