Novo presidente do Hospital de Gaia quer devolver a "tranquilidade" aos profissionais
Porto Canal com Lusa
O novo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho assume que vai ter de resolver "muitos problemas", mas a prioridade é devolver "tranquilidade" aos profissionais de saúde.
Atualizado 07-08-2019 17:34
Depois de ter sido nomeado na passada quinta-feira em Conselho de Ministros, Rui Nuno Machado Guimarães disse hoje aos jornalistas, no âmbito de uma visita do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, que a sua prioridade são as pessoas, nomeadamente devolver-lhes a "tranquilidade" para poderem trabalhar no "clima adequado".
"Neste hospital há gente de muita categoria, só precisam que as deixem trabalhar", referiu.
Nada se consegue sem as pessoas, reforçou, acrescentando que mesmo em edifícios sem condições e sem infraestruturas modernas e agradáveis à vista há "grandes profissionais" a fazerem "grandes trabalhos".
Por isso, a sua primeira "grande missão" passa por conquistar esses profissionais de saúde, alinha-los em termos de objetivos e tentar pô-los a construir um rumo para esta unidade hospitalar, contou.
Os utentes quando recorrem ao hospital mais do que paredes bonitas e tecnologia, procuram resolver os seus problemas ou dos seus familiares, frisou.
Contudo, Rui Nuno Machado Guimarães está consciente da "dificuldade" da sua "missão" devido a um arrastar de situações complicadas com decisões por tomar que, por vezes, é pior do que tomar más decisões.
O novo presidente da administração considerou existirem muitos problemas no centro hospitalar, parte deles com décadas.
Um dos principais problemas está relacionado com a dispersão de edifícios, salientou, considerando que não é hoje muito adequado a prestação de cuidados em edifícios separados, obrigando os doentes a serem transportados de um lugar para o outro.
Lembrando existir um projeto em curso, o médico sublinhou que muita da atividade que está dispersa pelos vários edifícios vai ser centralizada num único edifício moderno e adequado às necessidades dos doentes e dos profissionais.
Por seu lado, o secretário de Estado revelou que a 26 de agosto irá reunir na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte para traçar com o novo presidente do centro hospitalar os próximos passos e metas.
Sobre a multiplicidade de edifícios, Francisco Ramos ressalvou que isso se deve à origem do hospital e que a escolha tem sido adaptar a sua história, transformando-a num hospital geral de excelência.
Dizendo que a administração central terá de fazer a sua parte em termos de autorizações, o governante adiantou estar confiante na construção de um projeto clínico de excelência.
O ex-presidente do conselho de administração, António Dias Alves, renunciou ao cargo, cessando funções em 01 de abril.
Foi sob a sua liderança que, em setembro de 2018, foi anunciada a demissão de um grupo de 52 diretores e chefes de serviço pela Ordem dos Médicos, no Porto, devido à falta de condições nas infraestruturas e equipamentos e escassez de profissionais.