PS diz que indicadores do desemprego continuam a mostrar realidade "dramática"
Porto Canal / Agências
Lisboa, 23 fev (Lusa) - O PS considerou hoje que os mais recentes dados sobre o desemprego confirmam a existência de uma realidade "dramática" em Portugal e que o PSD perdeu este fim de semana uma oportunidade para responder aos problemas concretos do país.
Esta posição foi transmitida à agência Lusa por Miguel Laranjeiro, membro do Secretariado Nacional do PS, depois de o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ter indicado que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego portugueses era em janeiro de 705.327, mais 14.792 pessoas do que no mês anterior.
Miguel Laranjeiro observou que o início do ano "começou com mais 15 mil cidadãos na situação de desemprego, o que contraria a propaganda do discurso do Governo".
"Os portugueses em situação de desemprego não estão a diminuir. Se somarmos a estes dados as centenas de milhares de portugueses que já emigraram e os que se encontram em estágios profissionais (alguns sem qualquer remuneração), estamos a falar de uma situação dramática para mais de um milhões de portugueses", sustentou o dirigente socialista.
Miguel Laranjeiro referiu-se ainda ao tipo de discussão que está a ser feito no Congresso Nacional do PSD, que hoje termina no Coliseu dos Recreios.
"O PSD perdeu a oportunidade para falar deste problema do desemprego neste fim de semana. Enquanto falou entre si, os portugueses conhecem uma realidade bem diferente, que é a do desemprego, da pobreza e da miséria", acrescentou.
De acordo com a informação mensal publicada pelo IEFP na sua página na Internet, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego do continente e das ilhas representava 75,6% do total de pedidos de emprego (933.352).
Comparando com janeiro do ano passado, o número de desempregados diminuiu 4,7% - 3,3% de homens e 6,1% de mulheres.
Ainda face ao mesmo mês de 2013, diz o IEFP que por grupo etário houve um decréscimo de adultos desempregados de 5,4%, mas houve um acréscimo de jovens desempregados de 0,4%.
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