Advogado de Rui Pinto vai recorrer da prisão preventiva

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 mar (Lusa) - O advogado do português Rui Pinto, colaborador do 'Football Leaks', vai recorrer da medida de prisão preventiva aplicada hoje ao seu cliente pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

"Naturalmente vamos recorrer. Pensamos que não havia razões para isto", declarou aos jornalistas Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto, que considerou "exagerada" a medida de coação e informou que o seu constituinte vai permanecer detido nas instalações da Polícia Judiciária.

A juiza de instrução criminal Maria Antónia Andrade aplicou a medida de coação mais gravosa prevista na lei ao arguido, de 30 anos, por considerar existir o perigo concreto de continuação de atividade criminosa, perturbação do inquérito e perigo de fuga.

Rui Pinto, que foi detido na Hungria e chegou a Portugal na quinta-feira, com base num mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), foi indiciado pela prática de quatro crimes: acesso ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada.

Na base do mandado estão acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de futebolistas do clube lisboeta e do então treinador Jorge Jesus, além de outros contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes de futebol.

O colaborador do 'Football Leaks' terá entrado, em setembro de 2015, no sistema informático da Doyen Sports, com sede em Malta, e é também suspeito de aceder ao endereço de correio eletrónico de membros do Conselho de Administração e do departamento jurídico do Sporting e, consequentemente, ao sistema informático da SAD 'leonina'.

No período em que esteve detido na Hungria, Rui Pinto assumiu ser uma das fontes do 'Football Leaks', plataforma digital que tem denunciado casos de corrupção e fraude fiscal no universo do futebol, no âmbito dos quais estava a colaborar com autoridades de outros países, nomeadamente, França e Bélgica.

JGS/JEC // VR

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