Governo de Cabo Verde manda abrir inquérito à saída de africanos de barco do país

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Porto Canal com Lusa

Praia, 23 mai (Lusa) - O Governo cabo-verdiano vai mandar abrir um inquérito à saída de uma embarcação do país com 25 estrangeiros que foram resgatados no sábado pelas autoridades brasileiras no litoral do Maranhão, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros.

"A embarcação saiu de Cabo Verde e o Governo vai mandar instaurar uma investigação, um inquérito para saber o que terá acontecido, como é que a embarcação saiu de São Vicente, em que condições, para podermos apurar as responsabilidades e saber como trabalharmos para que situações do género não venham a acontecer", disse Luís Filipe Tavares, em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV).

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu também que, de acordo com informações da embaixada em Brasília, não havia cabo-verdianos a bordo da embarcação, que tinha africanos provenientes de Serra Leoa, Nigéria, Guiné-Conacri e Senegal.

"Estamos a averiguar todas as informações, porque é um trabalho de polícia, mas as informações apontam no sentido de não haver cabo-verdianos a bordo da embarcação que foi resgatada e que está sob custódia das autoridades brasileiras, nomeadamente da polícia brasileira", sustentou o chefe da diplomacia cabo-verdiana.

Segundo noticiou a imprensa brasileira, os 25 estrangeiros foram de barco de Cabo Verde para o Brasil, sendo um da Serra Leoa, dois da Nigéria, três da Guiné-Conacri e 19 do Senegal.

Em depoimento à Polícia Federal (PF), os imigrantes disseram que o barco partiu de Cabo Verde entre os dias 16 e 17 de abril.

Após uma viagem de 35 dias pelo Oceano Atlântico e terem ficado à deriva durante o percurso, os imigrantes resgatados no Maranhão contaram que foram para o Brasil em busca de uma vida melhor devido à crise nos seus países de origem.

A embarcação foi resgatada com auxílio de pescadores na noite deste sábado (19), próximo ao município de São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís, capital do Maranhão.

O grupo dos 25 africanos - que pagou até 800 euros pela viagem para o Brasil, com promessa de emprego - está alojado no Ginásio Costa Rodrigues, no centro de São Luís.

Segundo o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular brasileiro, Francisco Gonçalves, os imigrantes devem ficar no alojamento até sexta-feira, para depois passarem por procedimentos administrativos que defina a sua situação jurídica no país.

Além dos estrangeiros, dois brasileiros que estavam no barco foram detidos e encaminhados para o centro de triagem do presídio de Pedrinhas de São Luís com suspeita de serem intermediários no processo.

RYPE (CSR) // VM

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