Jerusalém: ONU "particularmente preocupada" com escala de violência

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Porto Canal com Lusa

Nações Unidas, 08 dez (Lusa) - A ONU está "particularmente preocupada com os riscos de uma escalada de violência" na sequência do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos EUA, considerou o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Médio Oriente.

Nickolay Mladenov falava - numa intervenção por videoconferência a partir de Jerusalém - na abertura da reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada de urgência devido ao anúncio de quarta-feira do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O responsável da ONU recordou que os movimentos palestinianos apelaram a três dias de raiva por causa da decisão dos EUA e salientou que esta também aumenta o risco de "radicalização perigosa". Mladenov também apelou aos dirigentes mundiais para que "demonstrem sabedoria" para manter a calma na região.

O coordenador especial da ONU reiterou que qualquer estatuto de Jerusalém deve surgir do diálogo direto entre israelitas e palestinianos e advertiu para os riscos que possam surgir de "ações unilaterais".

Na quarta-feira, o Presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos iriam mudar a sua embaixada em Israel de Telavive para Jerusalém, reconhecendo a cidade como capital daquele país.

A mudança de política diplomática - os Estados Unidos afirmavam, até agora, manter a neutralidade no conflito israelo-palestiniano - enfureceu o Mundo Árabe e os muçulmanos em geral, que encaram a decisão como uma confirmação de que os Estados Unidos escolheram o lado de Israel no mais perigoso e duradouro conflito da região do Médio Oriente.

Jerusalém alberga alguns dos mais sagrados locais de culto para muçulmanos e cristãos, bem como o mais sagrado local religioso do Judaísmo. Os palestinianos querem ter como capital de um futuro Estado da Palestina o setor oriental da cidade, anexado por Israel. Já Israel não quer ceder qualquer parte da cidade, que considera a sua capital histórica.

A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental da cidade, conquistada em 1967.

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