Seis pessoas mais ricas do Brasil têm uma riqueza equivalente a 100 milhões de brasileiros

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Porto Canal com Lusa

São Paulo, 25 set (Lusa) - As seis pessoas mais ricas do Brasil possuem uma riqueza equivalente ao património de 100 milhões de brasileiros com menos recursos, metade da população do país, segundo um relatório divulgado hoje pela organização Oxfam.

"O Brasil permanece com um dos piores países do mundo em matéria de desigualdade de rendimento e tem mais de 16 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza", indicou o estudo "A Distância que nos Une", elaborado pela organização não-governamental (ONG) Oxfam Brasil.

A ONG alertou que a tendência é "ainda mais preocupante" porque, segundo as projeções do Banco Mundial, o Brasil poderá ter mais 3,6 milhões de pobres até ao final deste ano.

"É importante que a sociedade brasileira tenha em conta que estamos a construir um futuro com dois níveis: os cidadãos de primeira e os de segunda categoria. Aqueles que têm e aqueles que não têm", afirmou à agência de notícias EFE Kátia Maia, diretora--executiva de Oxfam Brasil.

A responsável da organização reconheceu os progressos conseguidos em matéria social nas últimas décadas, mas advertiu sobre o perigo que se vive no atual contexto de crise económica e das reformas de corte liberal empreendidas pelo Governo do Presidente Michel Temer.

A Oxfam denunciou que no Brasil "uma pessoa que recebe um salário mínimo mensal (cerca de 250 euros) precisaria trabalhar quatro anos para ganhar o mesmo que 1% da população mais rica ganha em média num mês" e 19 anos, na mesma comparação, em relação aos 0,1% de milionários.

"Existe uma evidente e acelerada redução do papel do Estado na redistribuição dos recursos na nossa sociedade, o que aponta para um novo ciclo de aumento das desigualdades", acrescentou o estudo.

Dentro da desigualdade "extrema" que apresenta o país, segundo o relatório, as mulheres só terão um rendimento equiparado aos homens em 2047, enquanto os negros ganharão o mesmo que os brancos somente em 2089, mantendo-se a tendência dos últimos anos.

No entanto, o Brasil precisaria 75 anos para atingir o nível atual de desigualdade existente no Reino Unido.

A Oxfam indicou como fatores das enormes diferenças no país "o sistema tributário regressivo que pesa fortemente sobre a classe média e mais pobre", a "discriminação" por raça e género e a "falta de espírito democrático do sistema político, que concentra o poder e é altamente propenso à corrupção".

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