Importações de Angola ultrapassaram as exportações pela primeira vez de janeiro a março

| Mundo
Porto Canal / Agências

Lisboa, 05 jun (Lusa) - A compra de petróleo angolano por parte de Portugal provou este trimestre uma inversão da balança comercial dos dois países, com Lisboa a exportar menos do que aquilo que importa, de acordo com os dados do INE, citados pela AICEP.

Os dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a que a Agência Lusa teve acesso, mostram uma inversão nos primeiros três meses deste ano face ao saldo anual das relações comerciais entre Portugal e Angola, que têm sido, pelo menos nos últimos cinco anos, sempre favoráveis a Portugal.

No que diz respeito ao tipo de produtos que marcam a relação comercial entre os dois países, os 'Combustíveis Minerais' ocupam a quase totalidade das transferências de Angola para Portugal no primeiro trimestre deste ano (99,8%), ao passo que as empresas portuguesas enviam para Angola, principalmente, 'Máquinas e Aparelhos' (25,7% do total) e produtos alimentares (16,5% do total das exportações).

No primeiro trimestre, Portugal importou produtos no valor de 807,3 milhões de euros, o que representou uma subida de 40,3% face aos 575,6 milhões dos primeiros três meses de 2012, tendo exportado para Angola bens no valor de 667,8 milhões de euros, uma subida de 7,5% face aos 621 enviados de janeiro a março do ano passado.

A mudança que tem vindo a ser operada nas relações comerciais entre os dois países está bem expressa num quadro que reflete a Posição e Quota de Angola face a Portugal: enquanto fornecedor de Portugal, Angola ocupava o 21º lugar há cinco anos, tendo vindo a subir na tabela e quase entrando no top 10 em 2011.

Em 2012, saltou para o sexto lugar e, nos primeiros três meses deste ano, ocupa o quarto lugar, ao passo que a posição de Angola como cliente de Portugal mantém-se praticamente inalterada: é o quarto destino das exportações nacionais desde 2008, com exceção de 2010, em que ocupou a 5ª posição.

Também no que diz respeito às empresas a relação está a mudar: em 2007 havia 9.749 empresas exportadoras, mas em 2011 esse número reduziu-se para 7.893, ao passo que, no que às importações diz respeito, em 2007 havia 139 empresas a importar produtos angolanos, e em 2011 há 148.

Com base nestes dados, não é de estranhar que Portugal tenha deixado de ser o principal exportador em 2012 em termos percentuais, passando para segundo, de acordo com os dados do International Trade Center, citados pela AICEP.

MBA // PJA

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.