INE confirma fim da recessão em Portugal
Porto Canal
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje as previsões para a economia portuguesa no terceiro trimestre, apontando para um crescimento de 0,2% face ao trimestre anterior e uma queda de 1% face ao mesmo trimestre de 2012.
De acordo com a segunda estimativa do INE, no terceiro trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,2% face ao trimestre anterior, "refletindo um contributo positivo da procura interna que mais do que compensou o contributo negativo da procura externa líquida".
A procura interna contribuiu positivamente em 1,3 pontos percentuais para a evolução em cadeia do produto, uma evolução que se deveu a "variações positivas do consumo privado e do investimento".
A influenciar negativamente o PIB no terceiro trimestre deste ano esteve a procura externa líquida, que apresentou um contributo negativo (-1,1 pontos percentuais), "refletindo a diminuição das exportações de bens e serviços".
Em comparação com o mesmo trimestre de 2012, o PIB caiu 1,0%, acrescentando o INE que esta "redução menos intensa do PIB" no terceiro trimestre deste ano traduz "um contributo negativo menos acentuado da procura interna", que passou de -2,9 pontos percentuais no segundo trimestre para os -1,6 pontos percentuais, "devido sobretudo à diminuição menos significativa das Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes".
Quanto à procura externa líquida, o seu contributo para a variação homóloga do PIB diminuiu, situando-se em 0,6 pontos percentuais, em resultado da desaceleração das exportações de bens e serviços.
Numa análise por componente do PIB, o INE refere que a procura interna diminuiu 1,5% em termos homólogos, uma redução menos acentuada do que a verificada no trimestre anterior (-2,9%), devido sobretudo à queda de 1,1% do consumo privado, que foi também menos acentuada do que a registada no trimestre anterior (-2,5%).
O investimento recuou 3,3% no terceiro trimestre deste ano, "uma redução menos expressiva" do que a verificada no trimestre anterior (-5%), uma evolução que se deveu essencialmente ao setor da construção, que passou de uma taxa de variação homóloga de -13,1% no segundo trimestre para -8,5% no terceiro trimestre de 2013.
As exportações de bens e serviços, por sua vez, desaceleraram entre julho e setembro, passando de uma variação homóloga de 7,4% no segundo trimestre para 6,6% no trimestre seguinte.
"Este resultado foi determinado pelas duas componentes, bens e serviços, observando-se um crescimento homólogo de 6,8% no caso dos bens (7,3% no segundo trimestre) e de 6,1% nos serviços (7,6% no segundo trimestre)", indica o INE.
Em relação às importações de bens e serviços, estas aumentaram 5,1% em termos homólogos no terceiro trimestre, sendo que as importações de bens cresceram 5,4% no terceiro trimestre e as de serviços cresceram 2,8% no mesmo período.