Catarina Martins diz que "nada justifica" bombardeamento no Afeganistão

| Política
Porto Canal com Lusa

Lousã, Coimbra, 14 abr (Lusa) -- A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou na noite de quinta-feira, na Lousã, que "nada justifica os bombardeamentos no Afeganistão" pelas Forças Armadas norte-americanas.

"Hoje [quinta-feira] e depois de já ter feito um ataque na Síria, tão mal explicado e sem nenhuma legitimidade, [o Presidente dos EUA] Donald Trump decidiu fazer um novo bombardeamento" sem qualquer justificação, afirmou Catarina Martins, que falava em Foz de Arouce (Lousã), num jantar de apresentação de candidatos do BE a autarquias dos concelhos de Condeixa-a-Nova e da Lousã, no distrito de Coimbra.

"Nada justifica estes bombardeamentos, nada justifica a violência a que assistimos hoje [quinta-feira]" no Afeganistão, sublinhou.

Também "é preciso dizer que Donald Trump mostra que é o que sempre disse que seria: uma ameaça aos direitos humanos no mundo", sublinhou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

"Nada do que [Trump] faça pode ser compreendido" de outro modo, que não como "uma ameaça aos direitos humanos no mundo", sustentou.

No bombardeamento de quinta-feira no leste do Afeganistão, Trump "exibiu ao mundo uma nova arma de destruição maciça", que significa que "a lógica da guerra está instalada em novos patamares".

"Que ninguém diga que pode compreender este ato de guerra ou que ele pode ter qualquer justificação", apelou Catarina Martins, exigindo "uma condenação, sem nenhuma margem de dúvida, de toda a comunidade internacional, uma condenação pelo uso de arma de destruição maciça".

A comunidade internacional "hoje não se pode esconder sob falsos pretextos, sob falsas desculpas ou compreensões do que é incompreensível", defendeu, insistindo que foi usada "uma nova arma de destruição maciça" e que isso tem de ser condenado "sem nenhuma margem para dúvidas", salientou.

Os EUA utilizaram, quinta-feira, a sua bomba não-nuclear mais potente, apelidada como "a mãe de todas as bombas", no Afeganistão contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), segundo um porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono).

Pela primeira vez na sua história, os Estados Unidos utilizaram, em modo de combate, a bomba GBU-43 Massive Ordnance Air Blast (MOAB), um gigantesco projétil desenhado para destruir complexos de grutas e túneis subterrâneos.

O ataque com esta bomba, com cerca de 11 toneladas de explosivos, atingiu um "conjunto de grutas" na província de Nangarhar (zona leste do Afeganistão), território onde um soldado americano foi morto no passado fim de semana durante uma operação contra os 'jihadistas'.

JEF (JGS) // FV

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.