Equipas de emergência trabalham em contrarrelógio nas Filipinas

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Porto Canal / Agências

Tacloban, Filipinas, 12 nov (Lusa) -- As equipas de emergência e resgate filipinas trabalham em contrarrelógio para prestar ajuda às vítimas afetadas, prosseguindo ainda com as buscas por possíveis sobreviventes, quatro dias depois da catástrofe.

As Nações Unidas indicaram hoje "esperar o pior" no balanço da passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas, estimando o número de mortos em "mais de dez mil".

À medida que temos mais acesso [a outras zonas] encontramos mais e mais pessoas mortas", afirmou John Ging, membro do departamento de ação humanitária das Nações Unidas, a partir da sede da organização, em Nova Iorque.

Além de Tacloban, capital da ilha de Leyte, onde se estimam que se tenham contabilizado cerca de dez mil mortos, há inúmeras povoações pequenas na região que permanecem isoladas, sem comunicações, às quais a ajuda humanitária ainda não chegou.

Equipas de limpeza esforçam-se por remover o amontoado de cabos, de árvores caídas e tonelada de escombros das estradas para que os camiões possam distribuir comida, água potável, bem como tendas de campanha.

A escassez de bens de primeira necessidade tem agudizado o desespero dos sobreviventes, os quais, famintos e sedentos, deambulam pelas estradas da região.

"Se ficamos sem água pouco podemos fazer", apontou à Efe Ferdinand Briones, engenheiro-chefe do departamento de Infraestruturas, cuja equipa trabalha 22 horas para restaurar, dentro do possível, a normalidade na zona.

O porta-voz da Defesa Civil das Filipinas, Reynaldo Balido, afirmou que o restabelecimento da ordem em Tacloban e outras áreas figura como uma das "principais prioridades", numa altura em que a Polícia Nacional e o Exército reforçaram o seu contingente para assegurar a paz e a ordem na região.

Números não oficiais e relatórios feitos a partir do terreno apontam para milhares de vítimas mortais na ilha de Leyte, onde se situa Tacloban e o Conselho de Gestão e Redução de Desastres das Filipinas prossegue com a lenta contagem oficial dos mortos.

O Hayan encontra-se hoje debilitado como tempestade tropical nas províncias do sul da China.

DM // DM.

Lusa/Fim

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