Passos Coelho não consegue ser "tão categórico" como o PR quanto à redução do défice

| Economia
Porto Canal com Lusa

Póvoa de Varzim, 02 set (Lusa) -- O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje ter ficado "mais tranquilo" depois de ver o Presidente da República convicto sobre a redução do défice para 2,5%, mas não consegue ser "tão categórico" com os dados de que dispõe.

"Fico mais tranquilo ao ver o Presidente da República tão confiante nessa meta, mas eu com os dados que disponho não posso tirar as mesmas conclusões, mas talvez o Presidente da República disponha de mais informações que eu disponho e que a generalidade dos portugueses dispõe", afirmou durante uma visita à Feira Agrícola do Norte -- AgroSemana, na Póvoa de Varzim.

O ex-primeiro-ministro explicou que não consegue ser "tão categórico" como Marcelo Rebelo de Sousa olhando para os números que são conhecidos.

Na quinta-feira, o Presidente da República defendeu que é preciso esperar até ao final do ano para saber se o caminho económico do Governo teve sucesso ou não, mas manifestou-se confiante na redução do défice.

Já o primeiro-ministro, António Costa, adiantou que se está "a inverter, ainda que ligeiramente, a tendência que vinha de 2015, de desaceleração" da economia e o défice deste ano ficará "confortavelmente abaixo de 2,5%".

"Estamos todos, julgo eu, com o mesmo propósito que é que Portugal possa cumprir a meta a que se propôs, isso é importante para todos os portugueses, e se o Governo no final do ano atingir as metas orçamentais isso é bom para toda a gente e para Portugal", realçou Passos Coelho.

O social-democrata sustentou que esta matéria não é matéria de disputa partidária, por isso, faz votos para que as coisas "batam certo".

Segundo Passos Coelho, que se cruzou com a líder do CDS-PP na feira, a disciplina orçamental nem é de esquerda, nem é de direita, nem é liberal, nem é conservadora, a disciplina orçamental devia ser uma "coisa" importante para toda a gente.

E acrescentou: "Depois, cada um deve executar as suas políticas de acordo com as orientações que tem, mas sempre de acordo com o dinheiro que há para não onerar demasiado os portugueses com impostos e com dívidas no futuro".

SYF (IEL) // SMA

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