Um cogumelo grande e um pequeno no que dá? Marcelo analisa Governo

| Política
Porto Canal (AYB)

O Presidente da República aproveitou a visita a uma produção de cogumelos, em Vila Flor, no âmbito do Portugal Próximo, para comentar a estabilidade do Governo. Aproveitou ainda, para falar sobre as sanções de Bruxelas, que no ponto de vista de Marcelo, “é um processo que ainda vai ser longo”.

Depois de todo o alarido das sanções de Bruxelas, o Presidente não se conteve em ‘criticar’ o Governo de Costa, na visita , desabafando que aguenta o Governo “por uns tempos”. Durante a visita, fez uma conotação política entre um cogumelo grande e um cogumelo pequeno, que considera tratar-se de “um duplo cogumelo”, mas distinguindo os dois que demonstra quem tem ‘mais poder’: ”o cogumelo maior é o cogumelo presidencial e este é o governo porque é mais pequenino”, disse.

Durante o discurso falou de solidariedade institucional e que, quem tem aguentado ‘o barco’ de Costa é o Presidente da República, porém será apenas “por uns tempos”. Marcelo não deixa de lado o facto de ter sido um dos mais ‘poderosos’ comentadores da televisão portuguesa, e por isso nada lhe escapa, esteja onde estiver, as afirmações que faz têm sempre grande peso.

Foi no meio dos morangos, no Alentejo que admitiu ficar dez anos, em Belém e que, iria “tentar puxar o Governo para o centro”. Esta terça-feira, em Alfândega da Fé, voltou a mandar ‘a tacada’ de que ia cumprimentar populares "à esquerda e à direita para equilibrar, porque o Presidente tem de estar sempre ao centro”. Em Vila Real, na segunda-feira, elogiou o Governo de Cavaco Silva.

O Presidente rejeitou até à data que seria ele a criar instabilidade política.

"Desiludam-se aqueles que pensam que o Presidente vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas”, disse a 24 de Maio, acrescentando que “depois das autárquicas, veremos o que se passa."
Durante a manhã Marcelo não quis falar antecipadamente sobre a possível decisão de Bruxelas das sanções porque ”quem vai decidir são os comissários e nenhum de nós imagina o que vai ser decidido”. O presidente acha necessário "esperar para ver e certamente que, lá para a tardinha, haverá oportunidade de comentar aquilo que venha a ser a deliberação da Comissão”, referiu.

Ao terminar o discurso, Marcelo destacou que “este processo por natureza muito longo e complicado porque a Comissão toma uma posição, veremos qual, e depois o Ecofin é que virá a apreciar, e depois vai voltar à comissão se for caso disso. Estamos ainda antes desse primeiro passo".

Em Alfândega da Fé, da parte da tarde, disse que os portugueses que ”têm de lutar, todos os dias, criando uma compreensão da Europa, para que perceba esta luta de Portugal e dos portugueses”, não esquecendo a credibilidade que Portugal tem junto de Bruxelas.

 

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