Autarca de Gaia quer Conselho Metropolitano do Porto sem "vaidades pessoais"

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 14 out (Lusa) -- O recém-eleito presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defendeu hoje que os autarcas do Conselho Metropolitano do Porto devem "pôr de lado as suas vaidades pessoais" e assumir o "grande desafio" de reabilitar a região.

"Num coletivo que se pretende coeso, e que eu julgo que vai ser coeso, o grande desafio é reabilitar a junta metropolitana, a área metropolitana como um órgão de reflexão e de propositura a benefício da área metropolitana e da região", afirmou à Lusa o autarca responsável pelo agendamento da primeira reunião do Conselho Metropolitano do Porto (antiga Junta Metropolitana).

Para Eduardo Vítor, "a junta metropolitana foi um órgão praticamente inexistente, um órgão amorfo, sem voz, sem capacidade sequer de discutir com o Governo uma série de projetos", considerando que foi por isso "que os investimentos do Governo mais uma vez foram desviados para Lisboa e o Vale do Tejo e o Norte ficou mais uma vez para trás".

"Acho que compete muito à área metropolitana ser porta-voz dos interesses, quer da área metropolitana, quer da região. Por isso se a nova gestão conseguir isto, já é um avanço muito grande na defesa dos interesses da área metropolitana e da região Norte", realçou.

Sobre o muito falado eixo Porto-Gaia-Matosinhos, Vítor Rodrigues defendeu que, mais que saber se assume uma especial relevância no Conselho Metropolitano, "o que ele precisa é de se entender porque é um eixo que, apesar de tudo, representa muita da centralidade metropolitana e das atividades económicas e políticas ligadas a essa centralidade".

O autarca salientou ainda que "aquilo que se espera dos presidentes de câmara [a integrar o Conselho Metropolitano] é que se entendam, que ponham de lado as suas vaidades pessoais e que se entendam num projeto coletivo".

Já Rui Moreira, independente eleito presidente da Câmara do Porto, considera ainda prematuro estar a falar sobre a liderança do Conselho Metropolitano do Porto.

O próximo presidente da Câmara do Porto, que tomará posse no dia 22, está atualmente preocupado com a governabilidade da autarquia, sendo certo, porém, que "não aceitou pôr em cima da mesa das negociações [com o PS] a questão da JMP".

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, afirmou na sexta-feira, na cerimónia de tomada de posse, estar "preocupado" com a escolha do presidente da comissão executiva da Junta Metropolitana do Porto, apelando para que este organismo "funcione".

"Estou muito preocupado em saber quem vai ser escolhido para ser o presidente da comissão executiva da JMP", afirmou o autarca, que foi reeleito agora como independente, acrescentando esperar "que se saiba dar um sinal ao escolher uma personalidade de vulto que queria impor aqui um programa".

No seu discurso, o presidente reeleito destacou o "papel fundamental" que Matosinhos quer continuar a ter no "país, no Norte e na Área Metropolitana do Porto".

"E se os arranjos partidários entenderem que o nosso contributo é dispensável, o saber, a ousadia e a nossa vontade não deixarão de marcar os tempos da região", disse, referindo o "potencial de entendimento que urge explorar" entre Porto, Gaia e Matosinhos.

A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir a posição dos líderes das distritais do Porto do PS e do PSD.

LIL/JAP(JF) //JGJ

Lusa/fim

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