Há muitos médicos para poucas vagas

Há muitos médicos para poucas vagas
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Porto Canal (VYP)

Em Portugal, as portas de saída para os médicos em busca de especialização são a “serventia da casa”. Desde 2012, um terço dos médicos que emigraram do Norte do país fizeram-no para se especializarem.

Apesar dos cursos de Medicina terem as médias mais altas para entrar no Ensino Superior, muitos dos alunos que estão a terminar a formação comum não conseguem vagas para concluir a especialização em Portugal.

No ano passado, 114 médicos ficaram sem especialidade devido há falta de vagas. Desse grupo, alguns só poderão voltar a candidatar-se no ano de 2017. Atualmente, em Portugal, há apenas quatro vagas para especialização em cirurgia pediátrica e algumas especialidades não existem.

Em Março deste ano, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) entregou uma proposta para reduzir o número de vagas dos estudantes de medicina ao longo de cinco anos. A ANEM indica que o elevado número de estudantes prejudica a formação dos futuros profissionais de saúde e, a longo prazo, poderá vir a prejudicar também a qualidade dos serviços de saúde prestados à população portuguesa. De acordo com dados da associação, nos últimos 20 anos o número de ingressos nos cursos de medicina aumentaram aproximadamente 297%. O que leva a ANEM a estimar que em 2016, cerca de 400 médicos fiquem sem vaga para a especialização.

No ano de 1996, os ingressaram em Medicina cerca de 500 estudantes e em 2014 entraram cerca de 1885. Este crescimento pode ser explicado pela disponibilização de uma percentagem das vagas a licenciados noutras áreas e a contingentes especiais.

Deste modo, a especialização nas diversas áreas da Medicina em terras lusas fica cada vez mais competitiva. Além disso, muitos dos que no secundário não conseguem médias para estudar Medicina em Portugal, partem principalmente para Espanha e para a República Checa e voltam com médicas, por vezes superiores às dos médicos formados em Portugal, e ficam com as vagas de especialização portuguesas.

A Ordem dos Médicos prevê que no próximo ano cerca de 600 médicos fiquem sem vaga na formação de especialidade.

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