Presidente da Câmara do Porto pede a Marcelo "Portugal menos centralista"

Presidente da Câmara do Porto pede a Marcelo "Portugal menos centralista"
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Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu hoje ao Presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, que "lute contra a desigualdade e a injustiça" e defenda uma mudança de mentalidades para "um Portugal menos centralista".

“Com a sua voz e a sua autoridade, peço-lhe que lute contra a desigualdade e injustiça. Erga também a sua voz em defesa de um Portugal menos centralista, um Portugal que deixe enfim respirar os que querem ousar, arriscar, fazer mais e melhor. Estamos a falar de muito mais do que um centralismo de interesses. Estamos a falar de mentalidades e da sua necessária mudança”, afirmou o autarca independente na receção formal ao novo PR, que termina hoje no Porto três dias de tomada de posse.

Rui Moreira alertou ainda que Portugal “está mais assimétrico e, desgraçadamente, mais desigual”, porque o país “são todos os portugueses, mas são ainda muito diferentes as condições em que vivem e aquilo a que podem aceder”.

“Portugal é plural e diverso e, sabe-o muito como poucos, é muito mais do que o Palácio de Belém e outras sedes de órgãos de soberania. Os portugueses são das cidades, são do litoral e do interior. Os portugueses são os algarvios, são os transmontanos, os minhotos e os portuenses”, frisou Moreira, concordando com Marcelo Rebelo de Sousa quando este disse, no discurso da tomada de posse de quarta-feira, em Lisboa, que “assistimos ainda a chocantes diferenças entre grupos, regiões e classes sociais”.

O autarca notou que hoje “é um dia de festa”, pelo que quis transmitir ao novo PR a sua “esperança”, pedindo a Marcelo que seja “presidente de todos aqueles que se dizem, com orgulho, portugueses”.

Quanto ao centralismo, Rui Moreira pediu ao 19.º PR português que intervenha ao nível das mentalidades.

“Aí, a dificuldade que tem pela frente é ainda maior, porque interfere com aculturações ancestrais, porque é interior, porque esta pulsão pelo centro, em detrimento de tudo o resto, quase sempre se dissimula e embeleza para não ser notada”, criticou o independente eleito para a Câmara do Porto em 2013.

Moreira disse ainda a Marcelo Rebelo de Sousa acreditar que “é na proximidade” que o PR vai desenvolver o seu mandato.

“Ao longo do dia, irá sentir que esta cidade, liberal e aberta, tolerante e abrangente, está próxima de si. O Porto saberá sempre acolhê-lo e incitá-lo a continuar na jornada de todos unir”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa encerra hoje no Porto a cerimónia da tomada de posse iniciada na quarta-feira, com visitas à Câmara, ao bairro do Cerco e a uma exposição sobre o vereador da Cultura que morreu em novembro.

Na primeira vez em que um PR estende ao Porto as formalidades ligadas à sua tomada de posse, Marcelo Rebelo de Sousa é recebido oficialmente na Câmara, onde discursa pelas 11:30, vai à Galeria Municipal para ver a exposição “P. - uma homenagem a Paulo Cunha e Silva, por extenso” e assiste a uma exibição de ‘hip hop’ no bairro do Cerco, onde também visita um Centro de Dia.

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