OE2016: Mário Centeno promete cumprir. Risco de incumprimento é significativo

OE2016: Mário Centeno promete cumprir. Risco de incumprimento é significativo
| Economia
Porto Canal (MYF)

O Governo de António Costa apresenta um Orçamento do Estado (OE) que será um verdadeiro teste para poder passar com nota positiva no cumprimento das metas. Observadores nacionais e internacionais alertam para o que tem acontecido nos últimos anos, mas o Ministro das Finanças, Mário Centeno, promete que desta vez será diferente e que vão conseguir executar o OE.

A tarefa de Mário Centeno não será fácil, e apesar de defender que o Executivo vai cumprir as metas estabelecidas no OE, o Jornal Económico vai mais longe e lança cinco motivos para os portugueses continuarem em alerta.

O crescimento da economia poderá ficar aquém do que se promete. O Governo está a apostar no impacto que a devolução de rendimentos terá no consumo privado, mas a Comissão Europeia e o FMI ficaram de pé atrás com esta medida. Coloca-se ainda em destaque o facto que com a redução estrutural do défice de 0,3 pontos percentuais, é arriscado esperar que a atividade acelere 1,8%.

As empresas muito endividadas e os bancos com a atividade comprometida por créditos malparados são uma das principais razões do endividamento do país e isso poderá tornar-se num entrave para o crescimento português.

As despesas extraordinárias de última hora têm surgido todos os anos. O Económico aponta para o risco de isto voltar a acontece,r apontando logo para os bancos, que ainda não retomaram níveis de rentabilidade que afastem a possibilidade de novos problema. Como aconteceu com o BANIF, 2015.

Coloca-se ainda em questão os cortes de despesa. A partir do momento em que o Executivo evitou fazer cortes severos nos salários ou nas pensões, os cortes de despesa serão desde já difíceis, mas não impossíveis de realizar.

A conjuntura externa pode vir a piorar, o próprio Governo admitiu no relatório do OE. A China pode abrandar mais do que é esperado, não de forma muito direta, mas sim indireta. Este país é um dos principais clientes da Alemanha e os alemães são um dos principais parceiros comerciais das empresas portuguesas.  Em cima da mesa, estão ontros pontos que poderão ser prejudiciais para Portugal.

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