PEV pede a António Costa que não seja subverviente para com Bruxelas
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 29 jan (Lusa) - A deputada do PEV Heloísa Apolónia apelou hoje para o primeiro-ministro "não ser subserviente" para com a Comissão Europeia, com António Costa a defender que a política orçamental que propõe também é boa para a zona euro.
"A direita veio aqui pedir que fosse subserviente a Bruxelas e os Verdes vêm aqui pedir que não seja. Dialogante sim, subserviente não", pediu Heloísa Apolónia, afirmando esperar "que haja quem olhe de uma vez por todas pelos interesses dos portugueses".
Na resposta à deputada do PEV no debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro defendeu hoje que a política orçamental do Governo é necessária não só para o país mas também para o conjunto da zona euro, afirmando que o Orçamento para 2016 vai romper com "o ciclo do empobrecimento".
"Queremos ser dialogantes e cooperantes, mas temos uma política que é necessária não só para Portugal. É necessária para o conjunto da zona euro", afirmou António Costa, argumentando que sem um "crescimento sustentável" o país será sempre "um problema na zona euro".
A deputada frisou que a Comissão Europeia "fazia parte da `troika´ que veio fazer experimentalismos que resultaram num brutal aumento do nível de empobrecimento" do país, e acrescentou que o critério do PEV para avaliar o OE2016 será saber "se há ou não o risco de empobrecimento dos portugueses".
Segundo o primeiro-ministro, "o défice de competitividade do país não se resolve, como a direita acreditou, num ciclo de empobrecimento".
"A nossa competitividade conquista-se investindo na educação, na modernização do Estado e na inovação tecnológica", defendeu.
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