Vitória de Marcelo é "abrangente e concludente" - Miguel Albuquerque

| Política
Porto Canal com Lusa

Funchal, Madeira, 24 jan (Lusa) -- O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou hoje que a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais é "abrangente e concludente" e que este será um "interlocutor fundamental" para tratar de assuntos deste arquipélago.

"O candidato apoiado pelo PSD/Madeira ganhou na região com maioria absoluta. Venceu em todas as freguesias e em todos os concelhos da região e a sua vitória é abrangente e concludente", disse o líder madeirense.

Segundo Miguel Albuquerque, Marcelo Rebelo de Sousa "servirá os interesses da Madeira e da autonomia".

Salientando que o chefe de Estado hoje eleito "é um homem que conhece profundamente a realidade social, económica e política da Região", bem como conhecedor das "problemáticas das autonomias", o governante insular sublinhou que Marcelo Rebelo de Sousa "será um interlocutor fundamental para a Região tratar de alguns dos assuntos fundamentais para o seu futuro", como a revisão do Estatuto Político Administrativo e a próxima revisão constitucional.

Miguel Albuquerque declarou que a Madeira "vai manter, com certeza, com o futuro Presidente [da República] boas relações institucionais", complementando que é "do interesse da região" que isso aconteça.

"Porque o Presidente, sendo eleito por sufrágio direto, por todos os portugueses, tem um papel decisivo no nosso sistema político", opinou, considerando que o chefe de Estado "é árbitro, é moderador e salvaguarda dos interesses nacionais".

Por isso, acrescentou, "estando a Região inserida no contexto nacional, é óbvio que o Presidente, no exercício das suas funções institucionais, deve ser o principal e primeiro defensor dos interesses da Madeira e das autonomias".

Miguel Albuquerque admitiu, ainda, que a abstenção na Madeira "é mais elevada" do que em várias regiões do país, mas desdramatizou a situação, referindo que é preciso "levar em linha de conta" circunstâncias regionais como a emigração, pois muitas pessoas estão recenseadas neste território e estão ausentes na maior parte do ano.

"Sou contra o voto obrigatório e entendo que o direito de se abster também é um direito democrático", realçou o líder insular, defendendo que para melhorar os índices de participação dos cidadãos é necessário apostar no "melhoramento do funcionamento do sistema politico", para credibilizar as instituições.

Na opinião de Miguel Albuquerque, "esse trabalho tem de ser feito", porque se tal não acontecer existe " perigo de ver surgir, como já está a surgir em diversos países da Europa, movimentos extremistas e populistas com o discurso antipolítica e anti-partidos".

O responsável madeirense ainda considerou que a realização de sucessivos atos eleitorais provocam o "desgaste" e o calendário "teve influência na abstenção", mencionando que campanha eleitoral foi "atípica".

Na Região Autónoma da Madeira, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu 51,4% dos votos. Edgar Silva, o candidato madeirense apoiado pelo PCP, foi o segundo mais votado, com 19,7%, Sampaio da Nóvoa obteve 11,3%, Marisa Matias 10,1% e Maria de Belém 2,8%.

A abstenção situou-se nos 54,5% no arquipélago madeirense.

AMB/EC // JLG

Lusa/fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.