Jerónimo condena governos e elogia "luta" nos estaleiros navais de Viana

| Política
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 23 set (Lusa) - O secretário-geral do PCP e a cabeça de lista às autárquicas em Viana do Castelo colocaram-se hoje ao lado dos trabalhadores dos estaleiros navais locais, condenando os sucessivos governos, com elogios à "luta" dos trabalhadores.

"Quando se luta nem sempre se ganha, mas quando não se luta perde-se sempre. É por isso que vocês estão com esta disposição de continuar o combate até à última possibilidade, não permitindo que o crime seja consumado em silêncio", afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista realçou haver "responsáveis e responsabilidades" relativamente à atual situação dos Estaleiros Nacionais de Viana do Castelo (ENVC), no dia em que acabou o prazo para a apresentação de propostas para a subconcessão dos terrenos e das infraestruturas dos ENVC até 31 de março de 2031.

"Simultaneamente, não estamos a lidar com uma empresa caduca, sem futuro. Vocês já sabem o que perderam durante estes últimos anos. Felizmente, nunca saberão o que teriam perdido se tivessem baixado os braços e aceitado a clara tentativa de destruição dos estaleiros como os sucessivos governos tentaram", disse, a quase uma centena de atentos trabalhadores, envergando "fatos de macaco" azuis, com as iniciais da empresa, a amarelo, nas costas.

A antiga eurodeputada Ilda Figueiredo é a cabeça de lista da CDU com o objetivo de, pelo menos, recuperar um posto na vereação, perdido há vários anos. A autarquia tem estado entregue aos socialistas, 20 anos com Defensor Moura e, depois, ao agora recandidato José Maria Costa.

"A destruição destes estaleiros e o desemprego dos seus trabalhadores é algo de demasiado grave, desastre completo para a cidade, concelho e para o país", afirmou a antiga parlamentar comunista.

A subconcessão foi a solução escolhida pelo Governo face à investigação da Comissão Europeia sobre as ajudas públicas atribuídas aos ENVC, entre 2006 e 2011, já que, como a empresa não dispõe dos 181 milhões de euros - que terá de devolver ao Estado caso a investigação confirme as suspeitas de violação das regras da concorrência -, isso implica o seu encerramento.

"A luta valeu a pena e vai continuar e é possível voltar atrás com todo este processo, com a vossa luta, mas também com o apoio da população de Viana e com todos aqueles que estão ao vosso lado e não apenas nas eleições para ganharem o vosso voto", concluiu Ilda Figueiredo.

A caravana da CDU vai continuar por Viana do Castelo, com uma "arruada" até à praça da República, seguindo-se novo passeio pela rua de Santa Catarina, já no Porto, antes de rumar a Guimarães para o comício noturno, com passagem em Fânzeres (Gondomar).

HPG (PYJ) // PGF

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