Comunistas vincam que "pelo PCP fala o PCP", com sua "voz" e "rigor"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 nov (Lusa) - Os dirigentes comunistas sublinharam hoje, ao mesmo tempo em que era assinado o acordo bilateral para um Governo do PS, que "pelo PCP fala o PCP, pela sua própria voz e palavras, com suas posições e rigor de suas formulações".

"Muito se tem dito sobre este período que permitiu o apuramento da 'Posição conjunta do PS e PCP sobre solução política', e muito se continuará a ouvir e ler, quase sempre sem fundamento. Queremos reafirmar que pelo PCP fala o PCP, pela sua própria voz e palavras, com as suas posições e o rigor das suas formulações", lê-se num comunicado da comissão política do Comité Central comunista.

Pelas 13:45, em São Bento, num gabinete socialista do edifício novo do parlamento, foi assinado o terceiro acordo bilateral, este entre BE e PS, depois de dirigentes de "Os Verdes" e do PCP terem feito o mesmo, na ordem inversa à da chegada a acordo entre as diversas forças políticas e os socialistas.

A cerimónia foi mantida sob secretismo e vários repórteres de imagem e jornalistas viram-se impedidos de circular entre o Palácio de São Bento e o edifício novo por seguranças, a fim de manter a cerimónia formal discreta, algo que foi entendido, segundo várias fontes parlamentares, como uma exigência dos partidos envolvidos no entendimento para manter as identidades próprias e não dar a ideia de que se trata de uma coligação governamental.

"Trabalhámos para este objetivo de uma forma séria e empenhada. Com a frontalidade e franqueza que nos são reconhecidas. Com inteiro respeito pelos posicionamentos e opções do PS, não iludindo dificuldades nem escondendo divergências, afirmando a nossa independência e identidade, não prescindindo do nosso Programa e Projeto", lê-se ainda no texto do PCP.

Os responsáveis comunistas afirmam que, "desde a primeira hora, o PCP colocou em primeiro plano a valorização dos pontos de convergência, as matérias que pudessem assegurar uma resposta pronta a legítimas aspirações do povo português de verem recuperados os seus salários e pensões, devolvidos os seus direitos, asseguradas melhores condições de vida", lembrando que foi o secretário-geral do PCP, na noite eleitoral, quem disse que "o PS só não forma Governo se não quiser".

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