Fogo em Viana dominado quase 30 horas depois

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Porto Canal

O fogo que lavrava no concelho de Viana do Castelo há cerca de 30 horas e que chegou a ameaçar centenas de casas foi dado como dominado às 18:00 de sábado, disse à Lusa fonte da proteção civil.

A informação foi confirmada pelo comandante distrital de operação de socorro de Viana do Castelo, assegurando que mais de 200 bombeiros vão permanecer no terreno nas próximas horas, em operações de vigilância e rescaldo.

"O incêndio acaba de ser dado como dominado [18:00]. Vamos continuar com meios empenhados, para consolidação, porque estamos a falar de um incêndio com um perímetro muito grande", disse à Lusa Armando Silva.

As chamas deflagraram sexta-feira, pelas 13:30 no monte do Ramalhão, em Outeiro, nos arredores da cidade de Viana do Castelo, e propagaram-se às freguesias vizinhas de Nogueira, Perre, Cardielos e Santa Marta de Portuzelo.

A grande extensão das frentes de fogo e as dificuldades de acesso a alguns locais da serra bem como a falta de limpeza à volta das casas foram as grandes dificuldades detetadas pelos bombeiros.

As chamas destruiram uma vasta área de mato mas também de pinhal e eucaliptal.

Contudo, a ausência de vento em grandes períodos do dia e da noite foi um fator considerado como determinante para favorecer o combate.

O fogo terá tido origem na faísca de uma máquina agrícola e o manobrador desse equipamento, que estava a ser utilizado para limpeza de um terreno em Outeiro, já foi identificado pela GNR, confirmou à Lusa fonte daquela força.

Trata-se de um jovem de 21 anos, funcionário de uma empresa de Albergaria, que segundo participação entretanto feita pela GNR ao Ministério Público, que ordenou a investigação do caso.

As chamas atingiram, segundo a proteção civil, uma extensão superior a cinco quilómetros, passando por cinco freguesias.

Ao final da tarde de sábado, as operações no terreno envolviam 277 elementos e quase 80 viaturas.

Pelo teatro das operações passaram ainda seis meios aéreos, nomeadamente quatro aviões bombardeiros médios anfíbios.

Desde a tarde de sexta-feira que dezenas de casas, sobretudo em Nogueira e Outeiro, foram ameaçadas pelas chamas, o que obrigou a dispersar meios de combate por vários locais.

Devido à proximidade de uma das frentes do incêndio e ao intenso fumo que se fazia sentir, os moradores de pelo menos uma habitação de Nogueira foram retirados, pelas 09:00 de sábado, por ordem da GNR. Regressaram a casa poucas horas depois.

Além de bombeiros de vários pontos do distrito de Viana do Castelo, estiveram no terreno Grupos de Reforço para Combate a Incêndios Florestais (GRIF) do Porto, Braga, Coimbra e Vila Real.

Na noite de sexta-feira, durante o combate às chamas, um operacional dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo sofreu queimaduras nas mãos e teve de ser assistido no hospital da cidade. Este bombeiro recebeu alta médica já ao final da manhã de sábado.

A estratégia dos bombeiros centrou-se no posicionamento de meios para a defesa do perímetro das centenas de casas que estavam na linha do fogo, tendo em conta a grande extensão do incêndio.

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