PS "assumirá sempre as suas responsabilidades" em S. João da Madeira

| Política
Porto Canal com Lusa

São João da Madeira, Aveiro, 27 out (Lusa) -- O vereador socialista de S. João da Madeira e cabeça de lista do PS nas últimas autárquicas, Luís Miguel Ferreira, garantiu hoje que o seu partido "assumirá sempre as suas responsabilidades" na Câmara Municipal.

"O PS assumirá sempre as suas responsabilidades e nunca irá fugir, que é o que o PSD neste momento está a fazer", disse o eleito socialista, que falava à Lusa sobre o anúncio da renúncia do presidente da Câmara, Ricardo Figueiredo, e restantes elementos do PSD, a pretexto de a oposição bloquear o executivo.

Luís Miguel Ferreira disse que Ricardo Figueiredo recorreu a uma "estratégia de vitimização" que reflete a incapacidade em aceitar os resultados das eleições democráticas que determinaram que o PSD teria de gerir a Câmara, sem maioria.

"Lamentamos a decisão que não é nossa e consideramos que é falso que haja esse bloqueio. O PS viabilizou por duas vezes o Plano de Atividades e Orçamento, e viabilizou três empréstimos, no valor de 3,5 milhões de euros", salientou.

Luís Miguel Ferreira afirma que o anúncio da renúncia corresponde a uma estratégia delineada de hostilidade com a oposição e de vitimização, e que foi por isso que, com o último empréstimo, o presidente pretendeu criar um incidente, como justificação para a decisão agora anunciada.

"A questão do empréstimo estava ultrapassada quando em julho o aprovámos, mediante determinadas condições que o presidente aceitou e veio depois roer a corda, procurando transferir a responsabilidade para a oposição, dizendo que a câmara está bloqueada, o que é falso", afirmou.

O vereador do PS afirmou que "o presidente da câmara nunca procurou consensos e tenta esconder as suas próprias fragilidades, em parte devidas a gerir uma autarquia com uma situação financeira absolutamente caótica, em regime de não exclusividade".

"A estratégia é clara: transferir para a oposição o ónus de não fazer, alegando que os vereadores da oposição não deixam, o que é falso, e demonstramos isso com números", garante.

Luís Miguel Ferreira, no entanto, não esclarece a posição que o partido vai tomar, caso a renúncia se concretize, e se está disponível para liderar o executivo municipal, sem recurso a eleições intercalares, como sugeriu Jorge Lima, do movimento independente "SJM Sempre".

"Recebemos já a convocatória para a reunião de câmara que vai ser realizada amanhã [quarta-feira], às 15:00, em que o único ponto da ordem de trabalhos é a renúncia do mandato, mas não tem qualquer documento anexo. Gostaríamos primeiro de conhecer os fundamentos desse pedido de renúncia e só depois tomaremos uma posição mais aprofundada e fundamentada, em conferência de imprensa, a realizar após a reunião do executivo municipal", anunciou.

MSO // JGJ

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