PSD e CDS-PP têm expectativa legítima de serem chamados a formar Governo - Passos

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 13 out (Lusa) - O secretário-geral do PS afirmou hoje que há condições para pôr fim a "um muro" que separa socialistas e comunistas desde 1975 e que está empenhado no trabalho para a criação de um Governo alternativo em Portugal.

António Costa assumiu estas posições em respostas a questões colocadas por jornalistas após ter terminado sem qualquer princípio de acordo a reunião com os líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, sobre uma procura de soluções de Governo na sequência das eleições legislativas de 04 de outubro passado.

"Temos trabalhado para que esse Governo alternativo possa existir. Estamos a trabalhar com seriedade com todas as forças políticas, designadamente com o PCP. Tivermos uma primeira reunião de trabalho que classifico como muito positiva e que criou condições para pormos fim a um muro que persiste na esquerda portuguesa desde 1975", declarou o líder socialista.

António Costa sustentou mesmo que estão a criar-se à esquerda "novas condições de diálogo", tendo em vista "permitir ao país novas condições de formação de um Governo estável, além daquelas que têm sido habituais" [entenda-se com o PSD e CDS].

"Estamos nesse diálogo com total boa-fé e empenhados. Sabemos que o caminho não é fácil, porque, além das divergências inultrapassáveis que temos e que neste momento não estão na mesa das negociações - sobre as questões europeias, designadamente -, há diferenças que têm de requerer um trabalho técnico e esforço comum, nomeadamente face às nove questões que o PCP enunciou como importantes e prioritárias num programa de Governo", referiu.

O secretário-geral do PS procurou depois não deixar dúvidas sobre o interesse com o que segue essas negociações com o PCP.

"Ainda hoje terminou mais uma reunião técnica, vamos prosseguir esse trabalho e espero que corra bem", acrescentou.

PMF // ARA

Lusa/Fim

Lisboa, 13 out (Lusa) - O presidente dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que PSD e CDS-PP "têm a expectativa legítima" de serem chamados pelo Presidente da República a formar Governo, por terem sido a força mais votada nas legislativas.

Depois de interrogado se PSD e CDS-PP admitem formar Governo mesmo que não cheguem a acordo com o PS, Passos Coelho declarou: "Aquilo que posso afirmar como presidente do PSD é que a expectativa legítima que o PSD e o CDS têm é a de que sejam chamados a formar Governo, porque foram, conjuntamente, os que ganharam as eleições".

O presidente do PSD falava em declarações aos jornalistas, na sede nacional do PS, em Lisboa, no final de um segundo encontro entre dirigentes sociais-democratas, centristas e socialistas, que durou cerca de duas horas e quinze minutos.

IEL // SB

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