Mais de 18 mil pessoas querem demissão da presidente do Parlamento grego
Porto Canal (AYS)
Já são mais de 18 mil pessoas a manifestarem-se pela a saída de Zoe Konstantopoulou através da rede social facebook. A presidente do Parlamento grego é acusada de "abandalhar as suas funções" e de abuso de poder.
Chama-se “Monção de Censura contra a presidente do Parlamento”, é um grupo privado no Facebook e foi criado a 20 de Julho com o intuito de reunir 20 mil assinaturas para a fazer sair a Zoe Konstantopoulou do Parlamento grego. Até agora, já 18.500 fizeram "gosto".
“É a pior presidente da Assembleia que já se sentou no Parlamento grego; ela não exerce, mas sim abandalha as suas funções”, diz Rigoula Georgiadou, uma das criadoras da campanha, citada pelo jornal grego “Kathimerini”.
A campanha surge após as votações no Parlamento para desbloquear as medidas de austeridade impostas por Bruxelas. Seria o início para as negociações do terceiro resgate financeiro à Grécia.
Zoe Konstantopoulou é quem mais crítica o Governo de Alexis Tsipras, apesar de (supostamente) estarem do mesmo lado. A presidente já votou duas vezes contra a implementação de mais medidas de austeridade.
No Parlamento, Konstantopoulou acusou a troika de não ter um comportamento “institucional”, por isso não podem ser chamadas de “instituições” e disse que o novo acordo entre gregos e credores era um “genocídio social” e um “golpe”.
Esta petição não tem base legal, mas esperam que a iniciativa faça com que Konstantopoulou sai do Governo. Já vários deputados pediram a demissão acusando-a de abuso de poder.
“Não compreendemos a apatia [dos legisladores]. Seria uma tragédia se um terceiro pacote [de austeridade] chegasse a um Parlamento presidido pela Konstantopoulou, que irá usar a sua posição para atrasar e obstruir o processo”, justifica Georgiadou, citada pelo jornal grego “Kathimerini”.
Para fazer parte da campanha e assinar a petição, primeiro é preciso ser aceite no grupo do Facebook. “Somos todos politicamente ativos, mas não pertencemos a partidos específicos. Todos os participantes chegam de todos os espectros políticos e são profundamente democráticos”, informou Georgiadou.