Fosun e Anbang apresentaram propostas finais na "corrida" ao Novo Banco
Porto Canal
Os chineses da Fosun e da Anbang apresentaram hoje propostas finais ao Banco de Portugal para a compra do Novo Banco, disseram à agência Lusa fontes próximas do processo.
O prazo para entrega das propostas vinculativas finais para a compra do Novo Banco terminou hoje às 17:00, e, segundo fontes da Lusa próximas do processo, os grupos chineses Fosun e Anbang apresentaram propostas vinculativas finais, melhoradas.
O prazo previsto para a entrega das propostas vinculativas era 30 de julho passado, mas o Banco de Portugal, que lidera a operação, comunicou nesse mesmo dia que convidou os potenciais compradores a apresentar as propostas vinculativas revistas até 07 de agosto, uma vez que, conforme previsto no caderno de encargos, na terceira fase é possível uma extensão para a negociação ou exclusão de potenciais compradores.
Os chineses da Fosun, que compraram ao Estado a Fidelidade, a Anbang, a seguradora chinesa sem atividade em Portugal e o fundo norte-americano Apollo, que recentemente adquiriu ao Novo Banco a seguradora Tranquilidade são os candidatos a um banco que atualmente detém cerca de 18% de quota de mercado.
A Lusa tentou apurar se o grupo norte-americano Apollo também apresentou hoje uma proposta final, mas sem sucesso até ao momento.
Há cerca de um ano, o Estado emprestou 4.400 milhões de euros ao Fundo de Resolução proveniente dos dinheiros negociados com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) para o setor financeiro. O Fundo de Resolução acrescentou mais 500 milhões de euros para injetar na instituição liderada por Stock da Cunha.
A autoridade de supervisão bancária pretende com esta venda minimizar os prejuízos da operação, pois qualquer oferta inferior a 4.900 milhões de euros será de perda para o Fundo de Resolução.