O contingente que combate dois incêndios em Vila Pouca de Aguiar foi reforçado com 21 elementos da Força Especial de Bombeiros e dois meios aéreos, disse à Lusa o comandante dos voluntários locais, Manuel Borges.

O comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar queixou-se hoje da falta de meios para combater os dois incêndios que lavram no concelho, um dos quais já ameaçou casas e queimou um automóvel.

Também o presidente da câmara, Domingos Dias, se queixou da falta de meios para combater estes incêndios de diversas frentes, adiantando que em algumas situações o que valeu foi a ajuda da população.

Nas aldeias de Cerdeira, Campo de Jales, Vreia de Jales e Raiz do Monte as populações saíram em peso à rua e ajudaram a travar o avanço das chamas, que mesmo assim destruiu uma viatura e um anexo e provocou danos noutras estruturas.

A Proteção Civil Municipal apoiou o combate às chamas com uma cisterna de água para a espalhar onde não havia bombeiros, tendo a autarquia disponibilizado ainda funcionários e máquinas pesadas para abrir aceiros e corta-fogos.

O comandante dos bombeiros disse à agência Lusa que o fogo que deflagrou em Montenegrelo lavra "com uma dimensão muito grande" e "em três frentes".

No terreno estão 35 bombeiros.

Nas mais de 20 horas que já dura o incêndio arderam "centenas de hectares de mato e pinhal, e as chamas estiveram perto de casas".

Manuel Borges referiu ainda que o vento forte está a dificultar a ação dos bombeiros. "Com este vento é quase impossível saber para que lado vão as frentes e dominar o fogo", afirmou.