A bombeira que estava desaparecida no incêndio que lavra na Serra do Caramulo, no concelho de Tondela, foi encontrada morta, disse à agência Lusa o comandante operacional distrital de Aveiro, José Bismarck.

José Bismarck, que se encontra a comandar as operações no terreno, referiu apenas que a bombeira integrava um grupo de Lisboa que ficou cercado pelo fogo.

“Informações mais particulares não posso dar. A família tem de ser avisada primeiro, há procedimentos a seguir”, justificou.

Segundo o comandante, do mesmo grupo ficaram seis bombeiros feridos, dois deles gravemente.

“Os feridos foram transportados para o hospital de Viseu pelo INEM”, explicou, acrescentando que um dos feridos graves deverá ser retirado de helicóptero, mas desconhece para onde.

José Bismarck referiu que os bombeiros estavam a combater as chamas em Pedronhe, num local onde se tinha registado uma reativação.

“Estavam todos com uma linha de água e houve qualquer fenómeno em que vários bombeiros que estavam na mesma linha foram apanhados pelo fogo”, contou, acrescentando que houve ainda viaturas danificadas, mas “pouca coisa”.

O comandante operacional distrital de Aveiro disse que o incêndio “está desfavorável no seu lado sul”, ou seja, na zona onde se deu o acidente com o grupo de bombeiros.

“Só tem a frente sul ativa”, garantiu, acrescentando que o trabalho dos bombeiros tem sido dificultado pelo terreno acidentado e pelo vento forte, que se está a sentir sobretudo durante a tarde.

José Bismarck disse não ser possível fazer uma previsão de quando o fogo ficará dominado, assegurando que “estão todos os meios possíveis empenhados”, incluindo aéreos, e que não há povoações em risco.

O incêndio deflagrou às 00:25 de quarta-feira, em Silvares.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, estão no terreno 290 operacionais (278 dos quais bombeiros), 86 veículos e seis meios aéreos.