Portugal avalia possibilidade de desmantelar navios velhos - Agência Portuguesa Ambiente

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Porto Canal / Agências
Lisboa, 05 jun (Lusa) - O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou hoje que Portugal está a avaliar a possibilidade de desenvolver a atividade de desmantelamento de navios de carga em fim de vida para retirar e aproveitar materiais como o aço.

O desmantelamento de navios será um dos temas a abordar na conferência Green Project Awards 2015, que decorre hoje em Lisboa, no âmbito da Semana Azul, e pretende contribuir para dinamizar o diálogo sobre a 'economia azul', o compromisso para o crescimento verde, os beneficiários económicos e o posicionamento de Portugal nas novas tendências da economia do mar e na utilização de resíduos do oceano na produção de novos produtos.

"Pretendemos debater esta temática para ver se poderão existir oportunidades para Portugal em matéria de desmantelamento de navios de forma sustentável nas nossas diferentes infraestruturas", avançou à agência Lusa Nuno Lacasta.

Falando no Dia Mundial do Ambiente, o responsável pela APA explicou que se trata de "explorar esta atividade com atores nas áreas da gestão de resíduos, da metalurgia pesada e leve, siderurgia e indústria".

O tema, explicou, "não é encarado como um problema" ambiental, já que não existem navios de carga e contentores abandonados na costa portuguesa. As embarcações em final de vida são encaminhadas para outros países, como a França, para serem desmantelados e os materiais retirados e reaproveitados.

"Agora vamos ver se Portugal também tem essa possibilidade", salientou o presidente da APA.

Esta área de atividade enquadra-se numa lógica da economia circular em que os "restos" de um navio são reintroduzidos como matéria-prima na economia para produzir novos produtos, de forma sustentável e poupando os recursos naturais, na metalurgia, siderurgia ou na construção e reparação naval que "em Portugal tem uma importância significativa".

"É importante perceber se é possível, e estamos esperaçados que assim seja, que o aproveitamento dos materiais destes navios em fim de ciclo de vida seja feito de forma sustentável, protegendo o ambiente e evitando que sejam abandonados", resumiu Nuno Lacasta.

Recordou ainda que Portugal tem tradição de indústria naval e "há vários anos é um dos países com uma quota interessante na Europa em termos de reparação naval".

O presidente da APA apontou o exemplo dos Estaleiros de Viana do Castelo, "que estão a recuperar economicamente", o que permite "ter a esperança que seja uma área interessante para explorar".

A maioria dos navios contém materiais perigosos, como amianto, óleos, resíduos de hidrocarbonetos ou metais pesados em tintas e a falta de condições dos locais de demolição pode levar à contaminação dos solos e das águas, afetando as águas costeiras e as praias, tal como os ecossistemas.

EA // SO

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