Naufrágio: PM italiano admite "intervenções seletivas" contra traficantes

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Porto Canal / Agências

Roma, 20 abr (Lusa) -- Itália está a avaliar a possibilidade de "intervenções seletivas" contra traficantes de pessoas na Líbia, afirmou hoje em Roma o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, depois do naufrágio de domingo no Mediterrâneo que terá feito centenas de mortos.

"A hipótese de uma intervenção militar (na Líbia) não está em cima da mesa, mas o que é possível são intervenções seletivas para eliminar atividades criminosas", disse Renzi à imprensa após um encontro com o homólogo de Malta, Joseph Muscat.

"Ataques contra o negócio criminoso da morte, ataques contra os esclavagistas, fazem parte da reflexão", disse, acrescentando que equipas do Ministério da Defesa italiano estão a avaliar as possibilidades.

"As hipóteses técnicas são estudadas por técnicos", designadamente "equipas da Defesa", afirmou Renzi, citado pela agência France Presse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Paolo Gentiloni, já tinha evocado há uns dias a possibilidade de ataques seletivos contra os traficantes de seres humanos que angariam imigrantes clandestinos.

Numa entrevista ao jornal Corriere della Sera, o ministro evocou "ações antiterroristas seletivas, por exemplo no âmbito da coligação" contra o grupo extremista Estado Islâmico, "ações contra o tráfico de seres humanos".

Na conferência de imprensa conjunta com Muscat, cujo país está a receber cadáveres resgatados do Mediterrâneo na sequência do naufrágio de domingo, que segundo sobreviventes terá morto 700 a 900 pessoas, Renzi voltou a sublinhar a necessidade de uma resposta europeia.

"Não podemos fechar os olhos ao que se estão a passar. A crise humanitária não deve ter só uma resposta de Itália e de Malta. Aquilo que Itália e Malta estão a fazer tem de converter-se numa prioridade comunitária", disse.

MDR // VM

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