Clientes lesados com papel comercial abandonam Novo Banco em Coimbra

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 19 fev (Lusa) - Clientes que subscreveram papel comercial aos balcões do Banco Espírito Santo (BES) abandonaram por volta das 15:30 as instalações da dependência do Novo Banco, em Coimbra, após diálogo com a PSP.

Depois da hora de encerramento da dependência do Novo Banco, às 15:00, cerca de cinquenta clientes que investiram em papel comercial mantiveram-se dentro das instalações da dependência, na Baixa de Coimbra, exigindo a devolução do dinheiro investido.

Os participantes acabaram por sair, após a intervenção de oito elementos da PSP, que dialogaram com os manifestantes.

Contudo, antes da intervenção da polícia, foi possível observar trocas de palavras e ânimos exaltados entre lesados que queriam ficar e outros que queriam sair das instalações do Novo Banco.

"Saiam ordeiramente", pedia, ao megafone, um dos participantes da manifestação, que minutos antes gritava palavras de ordem como "queremos o nosso dinheiro".

Grande parte dos clientes lesados, ao sair das instalações do Novo Banco, aplaudiu a intervenção da PSP.

Os manifestantes, que exigem a devolução do dinheiro investido em papel comercial, cantaram parte da música Grândola Vila Morena e gritaram "gatunos", "não desistimos" e "o banco é nosso".

Das mais de cem pessoas presentes na concentração, que se iniciou junto da delegação do Banco de Portugal em Coimbra, cerca de cinquenta invadiram as instalações do Novo Banco, por volta das 11:30, sem qualquer intervenção da polícia ou do segurança privado presente.

Empunhando cartazes com frases de reivindicação, em que se destacavam dois alvos - Stock da Cunha, presidente do Novo Banco, e Carlos Costa, governador do Banco de Portugal -, os clientes lesados pela venda de papel comercial gritaram várias vezes frases de revolta dentro do banco.

Os lesados, muitos deles com mais de 65 anos, que perderam "poupanças de uma vida", falaram à agência Lusa de um sentimento de "angústia", "revolta", "impotência" e "frustração".

José Carlos Nunes, um dos lesados, sublinhou que vão continuar a lutar, relativizando o incidente entre os manifestantes dentro do Novo Banco: "O desespero é muito".

Apesar disso, os lesados vão "endurecer a luta e fazer tudo o que seja preciso" para reaver o dinheiro investido em papel comercial.

JYGA // CSJ

Lusa/Fim

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