Governo garante mais verbas para reforçar combate à vespa asiática
Porto Canal / Agências
Arcos de Valdevez, Viana do Castelo, 23 jan (Lusa) - O secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza disse hoje, em Arcos de Valdevez, que o Governo garante as verbas imprescindíveis para o caso de ser preciso intensificar o combate à vespa asiática.
"Estamos preparados para, em caso de necessidade, no âmbito do Programa Operacional e Sustentabilidade na Eficiência dos Recursos do Portugal 20/20, gerir a questão das espécies invasoras. Temos os meios adicionais para colocar neste combate, caso se torne necessário", afirmou Miguel Castro Neto.
O governante falava à margem da sessão de apresentação pública do plano de ação para a vigilância e controlo da vespa asiática (vespa velutina) em Portugal, e da plataforma digital "SOS Vespa Velutina".
Questionado pelos jornalistas, não especificou o montante disponível, mas garantiu que "se o problema continuar a crescer", o Governo "vai ter que adotar abordagens eventualmente ainda mais fortes".
Para Miguel Castro Neto, o dispositivo atualmente definido, quer a nível de monitorização quer de controlo, é o "adequado".
O governante sublinhou ainda a importância da plataforma digital hoje apresentada para o acompanhamento da espécie, a cargo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), e no sentido de "perceber" o comportamento da vespa asiática no país.
"Se é fundamental fazer o combate, por outro lado é imprescindível fazer a monitorização rigorosa da presença, da evolução, e da dinâmica da população da vespa velutina em Portugal. É fundamental percebermos como é que se está a comportar esta população, com uma presença recente no país mas com um número de casos que tem aumentado muito rapidamente".
Atualmente, segundo Miguel Castro Neto, trata-se de uma praga que "ainda não foi classificada como espécie invasora".
Outras das dúvidas que persistem, e que explicou, a plataforma "SOS Vespa Velutina" vai ajudar a desfazer é, se aquela praga se irá manter confinada à região norte, "ou se vai para sul".
"À partida é expetável que não vá para sul por causa das temperaturas. Há ainda dúvidas se a espécie mantém ou não atividade durante o inverno", disse, admitindo já ter recebido "preocupações" sobre esta matéria apesar de não existirem "evidências físicas da atividade da vespa asiática durante o inverno".
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