Governo apresenta plataforma digital "SOS Vespa Velutina" de combate à praga

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Porto Canal com Lusa

O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar apresentou hoje, em Arcos de Valdevez, a plataforma digital "SOS Vespa Velutina" como um ferramenta "rápida e simples" de "identificação e combate" àquela praga.

"É uma plataforma muito didática, muito rápida, que permite acima de tudo a identificação da vespa velutina. O combate deve ser feito de uma forma específica, e esta plataforma vai ajudar nesse sentido", afirmou Nuno Brito aos jornalistas.

O governante falava à margem da sessão de apresentação pública do plano de ação para a vigilância e controlo da vespa velutina em Portugal, e daquela plataforma.

Sublinhou que a ferramenta digital "já está disponível", considerando tratar-se de um mecanismo "muito simples" de utilizar, e "acessível a qualquer cidadão".

Nuno Brito adiantou que a plataforma vai ser importante para a "identificação" da espécie, e posterior "eliminação dos ninhos".

"A informação introduzida na plataforma é, imediatamente, analisada e for confirmado que se trata de vespa velutina é dada informação ao serviço de proteção civil municipal, que será responsável pela eliminação dos ninhos", explicou.

Segundo o governante as autarquias têm um papel de "grande relevância" no combate, e admitiu a possibilidade do Governo vir a apoiar financeiramente os municípios mais afetados pela praga.

"É uma espécie invasora como outras que não têm apoios, mas estaremos disponíveis para analisar, caso seja relevante", sustentou.

Adiantou que "uma parte importante" do plano de combate apresentado pelo Governo em novembro passado assenta na formação.

"Vamos ter ações de formação contínuas, sobre como usar a plataforma. Não é por acaso que escolhemos Arcos de Valdevez para a sua apresentação. Este concelho da região do Minho, onde começou a vespa velutina, tem uma variedade de população, rural e urbana, e tem o Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) ", afirmou.

Sobre o plano apresentado pelo Governo há dois meses, disse refletir "uma forma mais consistente de atuação, e de envolvimento de todas as entidades no combate" àquela espécie.

"Este plano de ação pretende desenvolver o conceito inicial lançado em 2012, muito virado para os apicultores, e que agora se virou mais para a segurança do cidadão já que a vespa tem evoluído de uma forma insistente não só em espaços rurais, mas também em zonas urbanas".

No Alto Minho, o concelho de Viana do Castelo é o mais afetado. Segundo números divulgados hoje à Lusa pelos Bombeiros Municipais foram registados, nos últimos três anos, 871 ninhos de vespa asiática, dos quais 769 já destruídos, sendo que 102 estão ainda por destruir.

A plataforma hoje apresentada foi desenvolvida por Henrique Martins, engenheiro do Ambiente, formado na Escola Superior Agrária (ESA) de Ponte de Lima, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), onde Nuno Brito lecionou e onde exerceu o cargo de vice-presidente durante vários anos.

A vespa asiática, como também é conhecida foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do seguinte.

Maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional, esta vespa como também é conhecida está identificada no Alto Minho desde 2012.

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