Lisboa, 12 jan (Lusa) - O administrador da Ongoing na PT Rafael Mora disse hoje que os acionistas "é que decidem" se suspendem ou não a assembleia-geral, que acabou de começar tendo a venda da PT Portugal como único ponto da ordem de trabalhos.

"Os acionistas da PT vão falar agora. Os acionistas é que decidem e se pronunciam, não podemos antecipar-nos", afirmou Rafael Mora à entrada da reunião magna da PT SGPS, escusando-se a dizer se pretende a suspensão ou não dos trabalhos da AG e eventual adiamento.

Os acionistas da PT SGPS deverão votar hoje a proposta de compra da PT Portugal pela Altice, que a 30 de novembro passado reviu em alta a oferta para 7.400 milhões de euros, depois de a 03 de novembro ter oferecido 7.025 milhões de euros, excluindo os negócios em África.

Na sexta-feira, o Conselho de Administração da PT SGPS esteve reunido cerca de seis horas, tendo suspendido o encontro para durante o fim de semana decorrerem novos contactos entre este órgão, a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) e o presidente da mesa da assembleia-geral, com o objetivo de encontrar um consenso sobre a sua realização.

A Ongoing detém 10% da PT SGPS, empresa que tem a dívida de quase 900 milhões de euros da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES) e uma participação de 39,73% na brasileira Oi, dos quais 35,81% diretamente e o restante através de posições diretas.

Por sua vez, a Oi, que também é acionista da PT SGPS com 10%, está a vender a PT Portugal, que detém o Meo e o Sapo, entre outros serviços, depois de maio do ano passado ter passado a controlar aqueles ativos, no âmbito do processo de combinação de negócios com a empresa portuguesa.

Após a concretização da prevista combinação de negócios entre a PT SGPS e a Oi, que dará origem a uma nova entidade, a CorpCo, os acionistas da empresa portuguesa irão ficar com uma posição de 25,58% dessa nova companhia.

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