Ébola: Presidente do Mali promete fazer tudo para evitar propagação

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Porto Canal / Agências

Bamako, 25 out (Lusa) -- O presidente do Mali prometeu hoje tudo fazer para evitar a propagação do Ébola, depois da morte da primeira pessoa infetada no país, uma menina recentemente regressada da Guiné-Conacri que esteve em contacto com numerosas pessoas.

O surto de Ébola, centrado na África Ocidental, mas com casos noutras partes do mundo, regista até ao momento 10.141 casos em oito países, 4.992 deles mortais, segundo um novo balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado hoje.

O Mali juntou-se à lista de países afetados na quinta-feira, com a confirmação do primeiro caso de infeção, uma menina de dois anos que regressou da Guiné-Conacri a 19 de outubro.

"As hemorragias nasais começaram quando ela ainda estava na Guiné-Conacri, o que significa que a criança apresentava sintomas durante o trajeto para o Mali", de mais de 1.000 quilómetros, num transporte público, segundo a OMS.

"Vamos fazer tudo para evitar a psicose e o pânico", disse o chefe de Estado maliano, Ibrahim Boubacar Keita, numa entrevista à Radio France Internationale e ao diário Le Monde divulgada hoje.

"Desde o início desta epidemia, tomámos todas as medidas para estarmos protegidos, mas nunca podemos estar hermeticamente fechados. A Guiné-Conacri é um país vizinho do Mali, temos uma fronteira comum que não encerrámos e que não vamos encerrar", acrescentou.

O presidente maliano apontou, entre outras medidas adotadas, o controlo de temperatura nos aeroportos do país.

Uma campanha de prevenção começou hoje na rádio e na televisão do Mali para alertar os cidadãos para a necessidade cumprirem esrupolosamente as medidas de higiene e o ministro da Saúde, Ousmane Doumbia, convocou para hoje uma reunião de emergência com os principais responsáveis dos centros de saúde e hospitais do país.

Para a OMS, a situação no Mali é "uma emergência", sendo "particularmente preocupante" o estado da criança durante o trajeto de autocarro dadas "as múltiplas ocasiões de exposição, incluindo de alto risco, envolvendo um grande número de pessoas".

"O inquérito preliminar identificou 43 contactos próximos e não protegidos, entre os quais 10 profissionais de saúde, que estão em isolamento", indicou a organização num comunicado.

A OMS saudou por outro lado a "rápida reação das autoridades malianas".

MDR // NS

Lusa/fim

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