Ébola: Hospital de Dallas (EUA) admite "erros" na gestão

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Porto Canal / Agências

Austin, Estados Unidos, 16 out (Lusa) -- O Hospital Presbiteriano de Dallas (Texas), onde ocorreu o primeiro caso de Ébola nos EUA, cometeu "erros" na gestão envolvendo o paciente que morreu há uma semana e contagiou duas enfermeiras, admitiu, esta quarta-feira, um dos executivos.

O diretor clínico da Texas Health Resources (o consórcio de saúde ao qual pertence o hospital), Daniel Varga, vai estar hoje na Câmara dos Representantes, mas o documento que vai ler foi já difundido pelos meios de comunicação social norte-americanos.

"Infelizmente, cometemos erros no primeiro contacto com o senhor [Thomas Eric] Duncan, apesar das melhores intenções, nossas e da equipa médica altamente qualificada", admite Daniel Varga, segundo o mesmo documento, desculpando-se também por "não ter diagnosticado corretamente os sintomas do Ébola".

Duncan apresentou-se pela primeira vez no Hospital Presbiteriano de Dallas, a 25 de setembro, com febre e dores abdominais, mas os médicos deixaram que regressasse a casa com antibióticos sem ter em consideração que vinha da Libéria.

Três dias depois voltou ao hospital, altura em que ficou sob quarentena.

Varga também reconheceu erros no "esforço de comunicar o que se passava de forma rápida e transparente à opinião pública", os quais "inquietaram uma comunidade que já estava preocupada e confundida".

O executivo explicou devido a esses erros o hospital aplicou "uma série de mudanças baseadas nas lições aprendidas".

Durante o internamento de Duncan pelo menos duas enfermeiras que o atenderam foram contagiadas. Em causa, Nina Pham e Amber Vinson, de 26 e 29 anos, respetivamente.

O caso de Vinson foi confirmado esta quarta-feira, tendo as autoridades colocado sob alerta todos os passageiros de um voo realizado pela enfermeira, na segunda-feira, entre Cleveland e Dallas, quando já tinha febre e a sua colega Pham estava em isolamento.

Fontes governamentais indicaram à cadeia televisiva NBC que Vinson consultou os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos no sentido de saber se poderia fazer a viagem de avião e que obteve um 'sim' como resposta.

Após ter sido diagnosticada com o Ébola, Vinson foi transferida para o Hospital Emory de Atlanta, que já tratou norte-americanos repatriados da África Ocidental depois de confirmado o diagnóstico.

Entretanto, as autoridades de Dallas planeiam emitir hoje uma declaração de emergência face ao risco de contágio do vírus.

Dallas conta com uma morte, três casos confirmados e 118 pessoas em potencial risco de contrair o vírus, das quais mais de metade integra o pessoal de saúde.

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