Mulher infectada com Ébola em Madrid em estado “grave” e com novo tratamento

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Porto Canal

A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero Ramos, infetada com o vírus do Ébola, está em estado “grave”, o que levou os médicos a incluírem um terceiro fármaco experimental no seu tratamento, disseram fontes hospitalares.

Oficialmente, o Hospital Carlos III, onde a mulher está internada, não revela qualquer informação sobre o seu estado de saúde, a pedido expresso da paciente.

No entanto, fontes hospitalares confirmaram que a situação se agravou nas últimas 24 horas depois de no início da semana Teresa Romero Ramos ter estado estável.

As mesmas fontes recordam que o vírus do Ébola tem um comportamento muito irregular no corpo humano, podendo levar a um agravamento do estado de saúde “muito rapidamente”.

Perante esta situação, os médicos da equipa de 14 pessoas que está envolvida no atendimento à auxiliar de enfermagem decidiram acrescentar um novo tratamento.

Trata-se de um soro semelhante ao experimental Zmapp, ou seja um soro com compostos que se unem ao vírus e aumentam a eficácia do sistema imunitário do paciente para o destruir.

Além deste soro, a paciente está ainda a ser tratada com um antiviral de espetro amplo, o Favipiravir, que nunca tinha sido testado em pessoas mas que deu sinais positivos em ratos.

Continua igualmente a receber o soro de pacientes que sobreviveram ao Ébola, procurando assim aproveitar os anticorpos no combate ao vírus.

Além de Teresa Romero Ramos, estão 13 outras pessoas isoladas em observação em dois andares do Hospital Carlos III em Madrid, no âmbito do protocolo de prevenção do Ébola.

Segundo fonte hospitalar, há o caso confirmado de infeção de Teresa Romero Ramos, um “caso em investigação” e 12 casos considerados “contactos de risco”.

Todos estão isolados em quartos no 5º e no 6º andar do Hospital Carlos III.

O número total aumentou com a entrada no hospital, durante a noite de quinta-feira, de cinco homens e duas mulheres, tendo sido dada alta a um enfermeiro, também nas últimas horas, depois de as suas análises terem sido negativas.

Todos os casos, exceto o da mulher infetada, estão assintomáticos, segundo as mesmas fontes.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, de quarta-feira passada, a epidemia de Ébola já causou a morte de mais de 3.800 pessoas num conjunto de oito mil infetados.

A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.

O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha e estão seis pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.

O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

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