Ébola: América Latina reforça medidas de prevenção

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Porto Canal / Agências

Bogotá, 10 out (Lusa) - A América Latina reforçou o alerta contra o vírus Ébola depois da morte de um liberiano nos Estados Unidos, a primeira no continente americano.

As autoridades sanitárias consideram que, mesmo que o vírus não tenha chegado aos seus territórios, é preciso aumentar os esforços de prevenção e contenção. Alguns presidentes, como o venezuelano Nicolás Maduro, estão a propor reuniões regionais "urgentes".

Maduro anunciou na quarta-feira que convocou uma reunião "de emergência" com os países da Aliança Bolivariana para os Povos da América para a coordenção de um plano conjunto de prevenção contra a doença.

Esta reunião, com a participação de Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Equador, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia e Antígua e Barbuda, deve realizar-se de forma "imediata", apelou o Presidente, sugerindo o encontro em Caracas ou Havana.

O anúncio aconteceu um dia depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros de El Salvador, Hugo Martínez, ter informado que os Ministérios da Saúde dos países da América do Sul estão a coordenar medidas com o fim de prevenir a chegada do Ébola à região.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a epidemia de Ébola já causou a morte de mais de 3.800 pessoas num conjunto de oito mil infetados.

A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.

O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha e estão seis pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.

Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.

Existe também um outro surto de Ébola na República Democrática do Congo, que já causou 43 mortos, mas as autoridades médicas referem que não está relacionado com os casos na África Ocidental.

O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

ISG // JCS

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