Passos garante que um mês após a reforma o Citius estará a funcionar em pleno
Porto Canal
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que a plataforma informática Citius estará a funcionar em pleno, o mais tardar, um mês após a reforma do mapa judiciário, e rejeitou a imagem de uma justiça "bloqueada".
"Aquilo que estamos a concluir é o processo de levantamento de todo o sistema informático que, o mais tardar, no prazo de um mês após essa grande reforma ter sido efetuada, estará em condições de funcionar em pleno", declarou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal no parlamento.
O chefe do executivo PSD/CDS-PP aproveitou o tempo de debate com o PSD para responder à coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins, que o tinha questionado sobre a situação da justiça, e começou por dizer que "o que aconteceu com a plataforma Citius não devia ter acontecido".
Passos Coelho acrescentou que a reforma do mapa judiciário avançou com base em informações de que havia "condições de se fazer o levantamento das novas comarcas sem problemas".
Contudo, "isso não aconteceu, e esse transtorno que, desde que as comarcas foram criadas até hoje, tem vindo a ser tratado pelo Governo com todo o empenho, de forma a minimizar os impactos desse transtorno", prosseguiu.
Referindo que "a plataforma Citius só envolve o processo cível, o que é importante", o primeiro-ministro defendeu que a situação "não cola com a imagem de que a justiça está bloqueada nestas semanas por essa razão - não está".
"Nós ainda temos cinco ou seis comarcas para levantar no Citius. Até hoje, cerca de 18 ficaram completas", mencionou.
Segundo o primeiro-ministro, "entretanto, os tribunais têm vindo a funcionar - em condições mais deficientes, mas têm vindo a funcionar".
Dirigindo-se a Catarina Martins, Passos Coelho concluiu: "Creio que, por essa razão, senhora deputada, se não devemos cumprimentar o Governo pelo transtorno grande que aconteceu na vida dos tribunais por ter falhado o funcionamento da plataforma, podemos pelo menos reconhecer que numa reforma desta magnitude o Governo tem feito tudo mas tudo para o resolver com celeridade".