Crato insiste que ano lectivo arrancou bem, BE diz que "é cedo para campanha"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 18 set (Lusa) -- O ministro da Educação e o PSD apresentaram hoje no parlamento números para demonstrar o sucesso do arranque do ano letivo e as melhorias da escola pública, mas o Bloco de Esquerda contrapôs que "é cedo" para campanha eleitoral.

Na sua intervenção inicial no arranque do debate de atualidade agendado pelo grupo parlamentar do PSD para discutir o início do ano letivo, o deputado social-democrata Amadeu Albergaria elencou vários números e posições de Portugal em 'rankings' para demonstrar a melhoria dos resultados do país na educação.

Entre eles encontra-se o da descida da taxa de abandono escolar, que era de 28,7% em 2010, e de 18,9% em 2014, a taxa de pré-escolarização aos cinco anos de idade que se fixa nos 97%, e a subida de 62 lugares no 'ranking' da competitividade mundial no que diz respeito ao ensino da matemática e das ciências.

"Isto é um resultado importante, não do Governo, mas da comunidade escolar e para o país", defendeu o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, perante os deputados.

Amadeu Albergaria defendeu que com estes números "desmente-se a teoria da destruição da escola pública".

Luís Fazenda, deputado do Bloco de Esquerda, em resposta aos números apresentados, defendeu que "é um pouco cedo para começar a campanha eleitoral", e "mais terra a terra", apontou ao ministro alguns problemas no arranque do ano letivo, como a colocação de docentes.

Já Rita Rato, do Partido Comunista Português (PCP) referiu que "as portas das escolas até podem abrir", mas acusou o ministro de lhes dar "condições mínimas", apontando a falta de professores, inclusivamente de educação especial, e também a falta de funcionários.

A casos concretos de problemas nas escolas apresentados pela deputada comunista, Nuno Crato respondeu: "Temos que olhar para os grandes números, não para este caso aqui e aquele caso ali".

Acácio Pinto, do Partido Socialista (PS), defendeu que "não é normal tudo o que tem acontecido com a educação em Portugal", e, também do PS, Odete João questionou "que transcendência impede o ministério de educação de colocar professores atempadamente e bem?".

Do lado da maioria, Michael Seuffert, do CDS-PP, sublinhou que ao longo dos últimos anos mais escolas têm aberto no prazo previsto, e Duarte Marques, do PSD, referiu "o peso da dívida à Parque Escolar", que "continua a pesar" nas contas da Educação.

IMA //GC.

Lusa/fim

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