De Campanhã a Lordelo. A revolução que vai trazer mais habitação acessível ao Porto

De Campanhã a Lordelo. A revolução que vai trazer mais habitação acessível ao Porto
Foto: CM Porto
| Porto
Ana Francisca Gomes

A cidade do Porto começa a ver novos projetos a quererem trazer mais habitação acessível para o mercado de arrendamento. Só a 04 de dezembro, a Câmara Municipal deu passos em frente em relação a três projetos – Monte Pedral, Monte da Bela e Lordelo do Ouro – que vão criar 911 novos fogos na invicta. Mas não são apenas estes os projetos que vão alterar a oferta habitacional da autarquia.

 

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

 

Monte Pedral e Monte da Bela

Entre as centrais ruas da Constituição e Serpa Pinto está o antigo Quartel de Monte Pedral, onde vão nascer um máximo de 388 novas casas para arrendamento acessível.

A intenção desta construção já é falada desde o segundo mandato de Rui Moreira na presidência da Câmara do Porto. Este edifício, outrora do Estado, passou para as mãos do município no início de 2019 para que se pudesse lá construir habitação acessível, depois do autarca ter escrito uma carta em 2018 ao então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a pedir que os terrenos fossem devolvidos à autarquia.

Neste território de 53 mil metros quadrados na União de Freguesias do Centro Histórico, para além dos quatro lotes onde vão nascer os novos fogos, haverá ainda um lote destinado a comércio e escritórios e um lote destinado a uma residência de estudantes.

Na última reunião de executivo, foi aprovado que este projeto será desenvolvido através de uma parceria público-privada em que o operador privado é obrigado a realizar os projetos de execução e conceção, e é-lhe cedido pelo município o direito de superfície por um período de 90 anos e por um valor estimado de cinco milhões de euros.

Na mesma lógica de parceria público-privada está também o projeto do Monte da Bela, que será executado na freguesia de Campanhã em terrenos do extinto Bairro de São Vicente de Paulo, e que vai dar à cidade 232 novos fogos.

Para este terreno com mais de 32 mil metros quadrados de área de construção, a autarquia desenvolveu um loteamento constituído por 13 lotes: 12 lotes destinados a habitação coletiva, sendo que um desses lotes dispõe de comércio ou serviços ao nível do piso térreo e ainda um lote destinado a serviços, comércio ou equipamento.

Novos projetos para Lordelo

Em Lordelo do Ouro, mas desta vez num projeto de arrendamento acessível totalmente municipal, vão ser criados 291 fogos. O terreno tem uma área de quase 50 mil metros quadrados e fica entre os bairros camarários Pinheiro Torres e Mouteira.

Câmara do Porto já tinha anunciado este projeto há mais de quatro anos. Em 2019, estava previsto serem construídos 170 fogos, um número consideravelmente mais baixo do que foi apresentado este mês.

Ainda na mesma freguesia, na rua do Ouro, no antigo Quartel de Manutenção Militar do Porto poderá nascer também um projeto de arrendamento acessível, mas a cargo do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que recebeu o edifício do Estado. O Porto Canal tentou contactar o instituto e os serviços de urbanismo da Câmara do Porto para saber se está em andamento a execução de algum projeto, mas não obteve resposta.

Eirinhas e Faria Guimarães

No final de novembro o município do Porto anunciou também um projeto de 5,3 milhões de euros, financiado pelo PRR, para a Travessa das Eirinhas, na freguesia do Bonfim. Num terreno com uma área bruta de construção de 3800 metros quadrados, onde há apenas “vestígios de casas de ilha demolidas”, vai ser construído um edifício de quatro pisos com 32 casas.

Este projeto vai complementar intervenção já anunciada pela autarquia para a zona, onde serão construídos mais quatro edifícios, com 48 fogos, mas para habitação social.

Num terreno entre a rua Faria Guimarães e a rua do Covelo está prevista também a construção de um edifício com cerca de 85 fogos, que serão destinados ao mercado de arrendamento acessível.

“O terreno em causa pertencia, originalmente, ao Estado e veio à posse do Município do Porto, depois de um acordo firmado entre a Câmara Municipal do Porto e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU)”, informa a autarquia no seu ‘site’.

+ notícias: Porto

Livraria Lello quer elevador e miradouro de 21 metros no edifício vizinho

Os proprietários da Livraria Lello querem requalificar o edifício adjacente, de que também são donos, e nele construir um elevador e um miradouro com 21 metros de altura. O projeto, que teve para já um parecer negativo da CCDR-N, é assinado por Álvaro Siza Vieira.

Incêndio em colégio no Porto já está extinto

O incêndio que deflagrou ao início da tarde de deste domingo no Colégio Flori, no Porto, "já está extinto" e em fase de rescaldo e ventilação, adiantaram ao Porto Canal as autoridades.

Last Folio: as duras memórias do Holocausto 

O Museu e Igreja da Misericórdia do Porto acolhem a exposição internacional LAST FOLIO acompanhada por um documentário, que mostra as memórias do Holocausto. A exposição do fotógrafo Yuri Dojc e da cineasta Katya Krausova, pode ser visitada até novembro.