Ministro da Cultura diz que a questão dos músicos do STOP não é responsabilidade do Governo

Ministro da Cultura diz que a questão dos músicos do STOP não é responsabilidade do Governo
| Política
Porto Canal

Em declarações ao Porto Canal na tarde desta terça-feira, Pedro Adão e Silva diz que a questão dos músicos do STOP não é uma responsabilidade do Governo.

“Não cabe ao Ministério da Cultura resolver a questão dos músicos. A Câmara Municipal do Porto e acho que isso é uma necessidade, nomeadamente nos concelhos mais urbanos e com maior densidade populacional, de ter espaços para a criação artística ligada à música”, afirma o ministro.

No entanto, o ministro da Cultura acredita que a classificação do centro comercial como um edifício de interesse municipal é um passo importante para a resolução do problema.

Pedro Adão e Silva adianta ainda que a Câmara Municipal do Porto está empenhada em criar “espaços para a criação artística ligada à música”, referindo-se à Escola Pires de Lima, alternativa apresentada pela autarquia, e considera que “isso é que resolve a questão dos músicos”, admite o ministro.

Recentemente, os músicos do centro comercial Stop apelaram a uma “ação urgente” e ao “entendimento imediato” entre a câmara e os proprietários do edifício para “acelerar os processos” de execução das obras necessárias à manutenção daquele espaço.

Em comunicado, os artistas salientaram que a aprovação da classificação do Stop como imóvel de interesse municipal pela Câmara Municipal do Porto “poderá ser um marco significativo” na preservação do espaço, mas alertaram que aquela tem de resultar em “ações concretas” no sentido de “assegurar de imediato” a segurança e a continuidade da comunidade no local.

“É e será essencial estabelecer-se um entendimento imediato e o maior contacto possível entre a Câmara Municipal do Porto, o condomínio e os proprietários do edifício com todos os membros dessa mesma comunidade artística e dos lojistas”, frisaram.

Por isso, os músicos do Centro Comercial Stop consideraram que “urge” acelerar todos os processos para a reposição dos requisitos mínimos para o funcionamento seguro daquele espaço cultural após as 23h00.

O centro comercial Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas frações serem encerradas no passado dia 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu a 04 de agosto, com um carro de bombeiros à porta.

O Stop vai continuar a funcionar por tempo indeterminado na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da câmara de encerrar o edifício, tal como confirmou a 22 de setembro o presidente da Câmara do Porto.

 

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