Albergaria-a-Velha defende que traçado A da Alta Velocidade é menos prejudicial

Albergaria-a-Velha defende que traçado A da Alta Velocidade é menos prejudicial
Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha
| Norte
Porto Canal /Agências

A Câmara de Albergaria-a-Velha considera que o traçado A do troço Aveiro (Oiã)/ Porto (Campanhã) da linha de alta velocidade é o que menos prejudica o município, em documento a que a Lusa teve esta segunda-feira acesso.

“Analisados os traçados A e B, bem como a ILBA [opção de interligação BA] de São João de Loure, constata-se que o traçado com menor impacto e menos danoso para o concelho de Albergaria-a-Velha será o traçado A (…)”, conclui a exposição enviada à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no âmbito da consulta pública.

Segundo a autarquia, o traçado A corresponde ao corredor menos prejudicial, o que em parte será devido à semelhança com o traçado definido em 2008, sobre o qual foram decretadas medidas como a proibição de novas construções.

No entanto, a Câmara de Albergaria-a-Velha considera “imperativo que sejam tomadas medidas reforçadas de mitigação de impacto do traçado de alta velocidade, nas zonas habitacionais de São João de Loure, São Marcos, Sobreiro e Soutelo da Branca”.

Em São João de Loure, a câmara admite que “ambos os traçados têm enorme impacto visual, acústico e ambiental”, referindo a necessidade de demolir habitações, mas sublinha que o traçado A implica a construção de uma ponte de menores dimensões do que o B.

“De salientar que o traçado B, ao entrar em viaduto na zona do Castelo, penetra numa zona de sensibilidade arqueológica ainda por explorar, próxima de sítios arqueológicos onde foram encontradas sepulturas da época romana”, observa o documento.

Outra das razões que leva a câmara a preferir o traçado A está relacionada com a necessidade de preservar o património ambiental da Pateira de Frossos, pertencente à Rede Natura 2000 e um “agrosistema de elevado interesse conservacionista, com grande vulnerabilidade”, bem como o “conjunto patrimonial edificado de relevo”, com edifícios desenhados por arquitetos como Ernesto Korrodi, Augusto Romão e Jaime Inácio dos Santos.

Pelos mesmos motivos, a câmara sai em defesa do traçado A no que toca às aldeias de Fontão e Cova de Fontão, que o traçado B atravessa, aldeias essas que possuem duas dezenas de moinhos, alguns deles “remontando ao século XVI”, e que integram a “Rota dos Moinhos de Portugal”.

Relembra ainda a Câmara de Albergaria-a-Velha que “as encostas sobre a Ribeira do Fontão estão classificadas como zonas de erosão”.

A consulta pública ao traçado ferroviário da linha de alta velocidade Porto – Aveiro, esta segunda-feira consultada pela Lusa, encerrou com 822 participações e gerou críticas de autarquias atravessadas pelo percurso, sobretudo no distrito de Aveiro.

O troço Porto-Aveiro da futura linha ferroviária de alta velocidade que deverá ligar Vigo a Lisboa custará 1,65 mil milhões de euros, dos quais 500 milhões financiados por fundos europeus.

No total do projeto Porto-Aveiro, são propostas as soluções de traçado A e B, dois "corredores alternativos com início comum em Oiã", no concelho de Oliveira do Bairro (distrito de Aveiro), e "final na agora prevista estação AV de Vila Nova de Gaia, localizada em Santo Ovídio", com 66 quilómetros de extensão, existindo uma única solução C entre Santo Ovídio e Campanhã, de 4,4 quilómetros, que implica a construção de uma nova ponte sobre o Douro.

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