IP trabalha em soluções para troço da linha de alta velocidade na Feira e Espinho

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Porto Canal/Agências

O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) Carlos Fernandes disse esta quarta-feira que a empresa está a trabalhar em soluções com Santa Maria da Feira e Espinho para minimizar impactos possíveis relacionados com a futura linha de alta velocidade.

"No caso de Santa Maria da Feira, basicamente temos dois tipos de soluções: uma solução que impacta mais em termos de habitações, que é mais para o lado de Ovar, e uma solução que impacta mais no Europarque, em termos da sua expansão. Tentámos encontrar uma solução intermédia", disse esta quarta-feira aos jornalistas o responsável da IP pela linha de Alta Velocidade, no Porto.

Carlos Fernandes falava no final da sessão de apresentação da linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa, focada sobretudo no troço Porto - Soure, na Secção Regional Norte da Ordem dos Engenheiros.

A solução intermédia para Santa Maria da Feira "está prevista na Avaliação de Impacto Ambiental" e "minimiza os impactos sobre o Europarque", sem também ter grande impacto sobre habitações, referiu.

"Acreditamos que com algumas alterações que podem ocorrer agora depois da DIA [Declaração de Impacto Ambiental, prevista para agosto], essa solução irá ao encontro das preocupações de Santa Maria da Feira", referiu.

Os sete partidos representados na Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira aprovaram, em 14 de junho, o traçado da Linha de Alta Velocidade que não prevê demolições nesse concelho do distrito de Aveiro, mas para o presidente da Câmara, Emídio Sousa, as propostas da IP não tiveram em conta projetos que representam “100 milhões de euros e 1.200 postos de trabalho” em investimentos já previstos para as zonas a expropriar, nomeadamente nas áreas de expansão do parque empresarial LusoPark.

Quanto a Espinho, o vice-presidente da IP referiu ter estado esta quara-feira numa sessão naquele município do distrito de Aveiro, assegurando que "a solução que tudo indica que será aprovada, porque é a solução que claramente tem menos impactos, implica cerca de nove afetações de habitações".

Porém, o responsável da IP estima que "cinco dessas nove habitações" podem, na fase seguinte de projeto, deixar de ser afetadas, ficando apenas quatro habitações atingidas pela linha.

Em 19 de junho, as freguesias de Anta e Guetim, em Espinho, revelaram estar contra a solução “desproporcional” e “inaceitável” da IP para o troço da linha de Alta Velocidade nesse concelho do distrito de Aveiro.

Carlos Fernandes explicou ainda que, nesta fase, os critérios da avaliação ambiental obrigam a que seja desenhado um corredor com 400 metros de largura, que com o desenvolvimento subsequente passa a cerca de 15 metros, eliminando muitas afetações sinalizadas em fases iniciais dos estudos.

O projeto de Alta Velocidade Lisboa - Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e quinze minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Vila Nova de Gaia.

O desenvolvimento de projeto e construção da primeira fase (Porto - Soure) está previsto para os intervalos entre 2024 e 2028, e o Soure - Carregado (a ligação a Lisboa terá desenvolvimento posterior) entre 2026 a 2030.

Concretamente, Carlos Fernandes estimou que a construção arranque entre o final de 2025 e início de 2026, "se tudo correr normalmente, como tem estado a correr", disse aos jornalistas.

Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto - Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga - Valença (distrito de Viana do Castelo) até 2030.

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