Oposição acusa Câmara de Braga de "subserviência" no processo de fecho de escolas
Porto Canal
A oposição acusa o executivo da Câmara Municipal de Braga de "subserviência" ao Governo e de "nada fazer" para evitar o encerramento da escola de Vilaça avisando que a "inércia" da autarquia "vai custar muito" à população.
Hoje, na habitual conferência de impressa após a reunião do executivo, o PS anunciou que avançará com uma Ação Popular para evitar o encerramento da Escola de Vilaça, que "até ultrapassa" o número de alunos exigido para se manter em funcionamento e o líder da CDU, Carlos Almeida, apontou "falta de coragem" ao presidente da autarquia, Ricardo Rio (coligação PSD/CDS/PPM).
Em resposta, Rio explicou que esta é uma "matéria política" e que por isso não deve ser discutida no campo judicial e anunciou que a autarquia enviará uma carta ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação a explicar os motivos pelos quais a escola de Vilaça não deve ser encerrada.
"Esta atitude da maioria [de não recurso aos tribunais para evitar o encerramento da Escola de Vilaça] revela subserviência ao Governo e falta de coragem por parte do presidente da Câmara", acusou Carlos Almeida.
Para este vereador, "a câmara não está a fazer tudo o que podia fazer para evitar esta situação" alegando que "mandar uma carta não chega".
Também o PS aponta o dedo à maioria de direita no executivo a quem acusa de "não pugnar" pelos interesses da população.
"Em abril já se tinha informação sobre o encerramento das escolas e podia-se ter agilizado formas para isso não acontecer. A câmara nada fez e esta falta de proatividade vai custar muito à população", avisou o líder socialista, Hugo Pires.
Por isso, disse, "o PS vai avançar com uma Ação Popular para travar o encerramento da Escola de Vilaça", que atingiu o número mínimo de alunos para se manter em funcionamento ao ter 22 crianças inscritas para o próximo ano letivo, número atingido em junho.
Em resposta, Ricardo Rio negou "inércia" por parte da câmara.
"Não compete à autarquia arranjar alunos para as escolas", disse, explicando que "o que a câmara fez foi informar as partes" para que estas podem agir.
Quanto ao recurso às vias judiciais, Rio deixou justificou com a separação de águas.
"É uma matéria do foro político e deve-se manter no foro político. A decisão justa ou injusta será sempre do Governo", apontou.
JYCR // MSP