Seixal, 13 jun (Lusa) - O PS de Setúbal rejeitou uma proposta para a realização de um congresso extraordinário e de eleições diretas para a liderança do partido, revelou hoje à Lusa a presidente da Federação Distrital, Madalena Alves Pereira.

"A proposta apresentada, que tinha como subscritores os deputados Pedro Marques, Eduardo Cabrita e Ana Catarina Mendes, entre outros, foi rejeitada por maioria, por uma diferença de três votos (36-33)", disse Madalena Alves Pereira.

"Este é o momento de nos empenharmos todos na proposta que o secretário-geral apresentou, de realização de eleições primárias [para a escolha do candidato do PS a primeiro-ministro], e essa foi uma das tónicas da reunião", acrescentou a dirigente socialista, apoiante de António José Seguro.

Madalena Alves Pereira falava à Lusa após a reunião da Comissão Política Distrital, que decorreu quinta-feira à noite no Seixal, e que tinha sido convocada para analisar os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.

Muitas personalidades do PS defendem que é necessária uma "clarificação" no partido, face à disponibilidade de António Costa para assumir a liderança do partido.

De acordo com os estatutos do PS, os congressos extraordinários só podem ser convocados por iniciativa do secretário-geral, por proposta aprovada em Comissão Nacional, ou por requerimento de mais de 50 por cento das federações, desde que representem mais de metade do total de militantes do partido.

Em entrevista à TVI, António Costa defendeu que, independentemente de ser aprovado um processo de eleições primárias abertas a simpatizantes, o partido não pode prescindir da realização de um congresso extraordinário.

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