Taxa de desemprego cai para 15,1% no 1º trimestre

Taxa de desemprego cai para 15,1% no 1º trimestre
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Porto Canal

A taxa de desemprego em Portugal foi de 15,1% no primeiro trimestre, 2,4 pontos percentuais abaixo do mesmo período de 2013 e menos 0,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior, segundo as estimativas divulgadas pelo INE.

De acordo com as Estatísticas do Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre de 2014 a população desempregada foi de 788,1 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 15,0% e uma diminuição trimestral de 2,5% (menos 138,7 mil e menos 19,9 mil pessoas, respetivamente).

Já a população empregada foi de 4.426,9 mil pessoas, o que corresponde a um aumento homólogo de 1,7% e a uma diminuição trimestral de 0,9% (mais 72,3 mil e menos 42,0 mil pessoas, respetivamente).

Segundo o INE, a taxa de desemprego desceu no primeiro trimestre "pela quarta vez consecutiva desde o início da atual série de dados (primeiro trimestre de 2011)".

Do inquérito feito pelo instituto resulta que a taxa de desemprego dos homens (15,1%) foi ligeiramente inferior à das mulheres (15,2%), tendo a primeira diminuído 2,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre homólogo e a das mulheres recuado 2,2 p.p..

Segundo o INE, a diminuição homóloga da população desempregada no primeiro trimestre superou a dos dois trimestres anteriores, que interromperam o período de um ano e meio de acréscimos homólogos sucessivos da população desempregada.

Para o recuo registado no desemprego contribuiu sobretudo a diminuição de 80,5 mil homens e de 58,2 mil mulheres desempregados, que ocorreu em todos os grupos etários e, em particular, no grupo dos 25 aos 34 anos (54,2 mil).

Já a diminuição de 110,3 mil pessoas desempregadas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico explicou 79,5% da diminuição global ocorrida no desemprego, tendo também registado uma contribuição positiva a diminuição de 133,6 mil desempregadas/os à procura de novo emprego.

De acordo com o INE, neste grupo destaca-se a diminuição de 85,5 mil desempregados com origem na indústria, construção, energia e água e de 45,0 mil desempregados do setor dos serviços, já que na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca o decréscimo do desemprego foi mais moderado.

Analisando as taxas de desemprego por região NUTS II, verifica-se que a taxa de desemprego foi superior à média nacional no Algarve (18,3%), Região Autónoma dos Açores (18,0%), Madeira e Lisboa (16,4% nos dois casos), Alentejo (16,0%) e Norte (15,8%).

Abaixo da média nacional encontrava-se apenas a taxa de desemprego do Centro (11,0%).

Face ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com exceção dos Açores, onde aumentou 1,1 p.p..

Os maiores decréscimos ocorreram na Madeira (3,4 p.p.), em Lisboa (3,1 p.p.) e no Norte (2,7 p.p.).

Segundo o INE, o aumento homólogo da população empregada "veio confirmar a interrupção, já observada no trimestre anterior, de um período de quase dois anos de decréscimos sucessivos".

A taxa de emprego (15 e mais anos) situou-se em 49,8%, tendo aumentado 1,0 p.p. em relação ao trimestre homólogo e diminuído 0,4 p.p. em relação ao trimestre anterior.

Os resultados do Inquérito ao Emprego até março apontam uma diminuição de 1,3% da população ativa em relação ao trimestre homólogo de 2013 (66,4 mil pessoas) e de 1,2% em relação ao trimestre anterior (61,8 mil).

A taxa de atividade da população em idade ativa (15 e mais anos) situou-se em 58,7%, recuando 0,5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre homólogo e 0,6 p.p. em relação ao trimestre anterior.

Quanto à população inativa, aumentou 0,1% em relação ao trimestre homólogo (4,2 mil pessoas) e 0,8% em relação ao trimestre anterior (39,6 mil), tendo-se a taxa de inatividade (15 e mais anos) situado em 41,3% (mais 0,5 p.p. do que no trimestre homólogo e 0,6 p.p. do que no trimestre anterior).

Do total de pessoas que se encontravam desempregadas no 4º trimestre de 2013, 34,0% saíram dessa situação no 1º trimestre de 2014, sendo que 16,4% se tornaram empregadas/os e 17,5% transitaram para a inatividade.

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