Pires de Lima considera descida do desemprego sinal de que cenários macroeconómicos para 2014 serão "melhorados"

| Economia
Porto Canal / Agências

Fundão, 09 mai (Lusa) - O ministro da Economia, António Pires de Lima, considerou hoje que o decréscimo da taxa desemprego verificado no primeiro trimestre deste ano "significa seguramente" que os cenários macroeconómicos traçados para 2014 "vão ser melhorados".

"Este é o trimestre mais difícil do ponto de vista económico, portanto o facto de termos uma taxa de 15,1% no primeiro trimestre significa, seguramente, que as expectativas que estavam traçadas nos cenários macroeconómicos vão ser melhoradas", disse.

António Pires de Lima falava, no Fundão, à margem do "Primeiro Encontro Centro de Serviços em Portugal organizado pelo Fórum de Serviços da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em colaboração com a Câmara Municipal do Fundão, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a Portugal Outsourcing.

O ministro sublinhou que a taxa de desemprego em Portugal já chegou a ser de 17,7%, pelo que classificou os dados hoje conhecidos como "positivos" e bons indicadores do que se passará ao longo do ano.

"Na realidade, nós vamos viver durante o ano de 2014 com uma taxa de desemprego média, seguramente inferior a 15%", garantiu.

António Pires de Lima também realçou o facto de este ser o "quarto trimestre consecutivo" em que a taxa de desemprego regista uma diminuição.

"É uma das descidas mais substanciais, do ponto de vista homólogo, que alguma vez se conheceu. Quer dizer que, no primeiro trimestre de 2014 estavam a trabalhar em Portugal mais 72 mil pessoas do que em igual período do ano passado", reiterou.

O governante assumiu ainda que "é preciso continuar a trabalhar afincadamente" para que esta taxa continue a descer, mas mostrou-se confiante de que tal acontecerá, designadamente porque a "trajetória é muito positiva".

Questionado sobre os indicadores das exportações, António Pires de Lima recordou que gostaria de poder analisar dados de forma global, já que a informação disponibilizada se restringe aos bens de consumo e não inclui os serviços, dos quais, o governante disse ter indicação de que "serão dados muito positivos".

Durante o discurso, o ministro já tinha enaltecido a importância que a área dos serviços tem tido na "recuperação económica portuguesa", uma vez que, sublinhou, estes já representam 31% das exportações. Destes, as exportações de serviços qualificados (não inclui turismo) já ultrapassaram os 61%.

Números que também tinham sido destacados pelo presidente da CCP, João Vieira Lopes, que antes da sessão, e em reação à proposta enviada pelo Governo para os parceiros sociais sobre os contratos coletivos de trabalho, referiu que o CCP sempre defendeu que "o período de vigência até à caducidade dos contratos devia ser encurtado".

Sobre as restantes propostas disse que estão a ser analisadas "de modo a verificar onde é que é possível tentar fazer compromissos em termos de concertação social".

CYC// ATR

Lusa/fim

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