Desemprego é a "maior fragilidade" para as famílias portuguesas - Mota Soares

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Porto Canal

O ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social afirmou hoje que o “desemprego continua a ser muito elevado” em Portugal, representando a “maior fragilidade” para as famílias portuguesas.

Contudo, sublinhou que os dados divulgados hoje pelo Eurostat, segundo os quais a taxa de desemprego em Portugal manteve-se nos 15,2% em março, o mesmo valor desde janeiro de 2014, “dão esperança ao crescimento da economia e à recuperação do emprego”.

Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da Campanha Pirilampo Mágico 2014, Mota Soares observou que, “no último ano, a taxa de desemprego desceu 2,2%”, o que considerou “uma boa notícia para os cerca de 114 mil portugueses que saíram dos números de desemprego”.

Mas, lamentou, “o desemprego continua a ser muito elevado, é a maior fragilidade para as famílias portuguesas e isso implica que o Governo continue a trabalhar muito”.

No boletim hoje divulgado, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia revê em ligeira baixa a taxa de desemprego para Portugal nos primeiros três meses deste ano, de 5,3% para 5,2%.

Em termos homólogos, Portugal observou a terceira maior descida da taxa de desemprego entre os 28 Estados-membros (de 17,4% para 15,2%), atrás da Hungria (de 11,2% para 7,9% em fevereiro) e da Letónia (de 13,9% para 11,6% entre o quarto trimestre de 2012 e 2013).

Para Mota Soares, estes dados “dão esperança ao crescimento da economia e à recuperação do emprego”.

“São dados que dão esperança a muitos portugueses que querem regressar ao mercado de trabalho e, no caso do Governo, são dados que nos dão força para continuar a trabalhar”, sustentou.

Os dados do Eurostat referem também que o desemprego jovem voltou a aumentar em março, para 35,4%, face aos 35% registados no mês anterior.

Sobre estes números, o ministro comentou que, no último ano, foi registada uma diminuição de 4,1% no desemprego jovem.

“De qualquer forma, sendo os números tão elevados, o Governo está neste momento a trabalhar [no programa de apoio ao emprego] Garantia Jovem para podermos colocar mais jovens em ações de formação e no mercado de trabalho”, sublinhou.

Neste momento, já há 75 mil jovens em ações de formação, em estágio profissionais e no mercado de trabalho, adiantou.

Questionado sobre as novas taxas que o Governo pretende aplicar às pensões, Mota Soares reafirmou que “todos os reformados e pensionistas vão ficar melhor do que anteriormente e recuperar o poder de compra”.

Adiantou que o Governo tinha de “encontrar uma medida duradoura” que substituísse a Contribuição Extraordinária de Solidariedade, respeitando os critérios do acórdão do Tribunal Constitucional.

O Tribunal Constitucional disse “muito claramente que este esforço devia ser repartido entre pensionistas e trabalhadores, entre a Caixa Geral de Aposentações e a Segurança Social, entre regime público e regime privado”, adiantou.

Por isso, “foi necessário pedir um esforço adicional em matéria do IVA” e “em matéria de taxa social, que serve para a sustentabilidade das pensões”, explicou.

“Quer o IVA social, quer a taxa social não são para a despesa do Estado, são para a sustentabilidade dos sistemas de pensões dos portugueses”, acrescentou.

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